Surdocegueira congênita

Comunicação com o uso de recursos de comunicação alternativa

Fernanda Cristina Falkoski; Maia Shirley Rodrigues

A comunicação é um alicerce da existência humana, mas para aqueles que vivem com surdocegueira congênita, esse pilar se transforma em um labirinto intransponível. Em Surdocegueira congênita: comunicação com o uso de recursos de comunicação alternativa, Fernanda Cristina Falkoski e Maia Shirley Rodrigues trazem à luz um tema que nos confronta com a fragilidade de nossos próprios meios de conexão e expressividade. Em suas 142 páginas, a obra não só ilustra a realidade de um grupo muitas vezes esquecido, mas também propõe uma reflexão profunda sobre a inclusão e a inovação no campo da comunicação.

Os autores, com uma inquietante sensibilidade, desnudam os desafios enfrentados por indivíduos que, ao nascerem sem a capacidade de ouvir ou ver, vivem uma experiência existencial totalmente diferente. O que poderia ser uma mera abordagem técnica se transforma, sob a pena de Falkoski e Rodrigues, em um manifesto emocional que reverbera a urgência da acessibilidade e da empatia. Eles investigam métodos de comunicação alternativa que não são apenas soluções acadêmicas, mas pontes que conectam mundos, que permitem o florescer de vozes silenciadas pela falta de recursos.

Os leitores reagem fervorosamente a esta obra! Muitos elogiam a forma como os autores entrelaçam teoria e prática, tornando palpáveis métodos que, para muitos, parecem abstractos. A crítica é unânime ao apontar que este não é um livro para ser lido passivamente. Ao contrário, ele te exige, te provoca, te desafia a ver além da superfície. A provocação é clara: como você, leitor, pode ser parte da solução? O nervo exposto é a reflexão sobre nossa própria condição de comunicadores.

O livro invade o espaço do afeto humano, propondo que a verdadeira comunicação não é apenas sobre palavras; é sobre tocar a alma. Os métodos inclusivos que apresentam são como faróis em meio à neblina, mostrando que existem caminhos a serem trilhados, mesmo nas condições mais adversas. A proposta de usar recursos de comunicação alternativa não é apenas uma alternativa - é um grito pela dignidade, pela igualdade e pela liberdade de expressão.

O contexto histórico da obra também é digno de nota, considerando que o avanço nas tecnologias assistivas e as novas abordagens educacionais começaram a ganhar força nos últimos anos. As autoras se inserem nesse cenário, desafiando tanto a sociedade quanto o sistema educacional a repensar o que realmente significa inclusão. Elas emprestam suas vozes àqueles que, muitas vezes, são silenciados, e isso toca em um ponto crítico: a responsabilidade coletiva.

Críticos apontam que, embora o texto seja enriquecedor, há momentos em que a densidade teórica pode parecer excessiva, o que gera um certo cansaço em leitores menos habituados ao tema. Contudo, a emoção que permeia a obra compensa quaisquer dificuldades. O dilema da comunicação deficiente é, em última análise, um reflexo de nossa própria incapacidade de ver a diversidade como uma riqueza, e este livro não deixa de ser um porta-voz dessa reflexão.

Ao final, Surdocegueira congênita: comunicação com o uso de recursos de comunicação alternativa não é apenas uma leitura informativa; é um convite imperativo à transformação social. O despertar para um novo olhar sobre as possibilidades de comunicação nos instiga a nos tornarmos agentes de mudança. O que você fará com essa reflexão? Ela pode ser a chave para abrir portas que permanecem fechadas, não apenas para aqueles que vivem com surdocegueira, mas para todos nós. 🌍✨️

📖 Surdocegueira congênita:: comunicação com o uso de recursos de comunicação alternativa

✍ by Fernanda Cristina Falkoski; Maia Shirley Rodrigues

🧾 142 páginas

2020

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