Tao te Ching
Lao Tse; Wu Jyh Cherng
RESENHA
"Um texto de apensas 5000 caracteres que busca capturar a essência do Tao, não, isso não é para qualquer pessoa comum, isso é para você, que teme estar deixando a profundidade da vida passar como água pelas mãos," diz Lao Tse nas entrelinhas de cada página do Tao te Ching. Um livro pequeno em volume, mas imensurável em sabedoria apocalíptica e reveladora. Escrito há mais de dois milênios, falamos de uma obra que não se diluiu no tempo, não se conformou às efemeridades da "cultura pop" que tanto nos engole. E você decide não lê-lo?
Pensar em como os ensinamentos do Tao reverberaram ao longo de gerações - das artes marciais ao pensamento zen, do mindfulness à psicoterapia contemporânea - é deslumbrante. Cada verso, cuidadosamente esculpido pelas mãos espirituais de Lao Tse, viaja do passado diretamente para explodir de significado no peito de quem o lê.
Imagine-se respirando o ar da antiga China, onde os rios e montanhas murmuram segredos esquecidos pelos homens. Ali, Lao Tse, uma figura enigmática, uma sombra entre os iluminados, entregou ao mundo uma coleção de 81 lacônicas pérolas de sabedoria. Não, você não viu nada igual. A leitura do Tao te Ching é um afago místico e ao mesmo tempo um soco no estômago, forçando-o a confrontar a vacuidade de sua existência cotidiana.
Os paradoxos exalados pela obra são armas de guerra espiritual: "O Tao que pode ser dito não é o Tao eterno." Como assim? Simples: pare de racionalizar a vida. Sinta. 🌏 Criamos muros com palavras que só nos afastam do sentido original das coisas: um convite ao instinto, à essência. Pare para refletir por um instante que Buda, Krishnamurti e até mesmo pensadores ocidentais como Alan Watts encontraram no Tao uma fonte de incertezas confortantes. Viaje nessa consciência expandida!
Erro. Sim, talvez você ache que este é um livro "cabeça", inacessível. Nada poderia estar mais distante da realidade. É um texto que rasga as vaidades da academia, mergulha na simplicidade de existir o eterno presente. Parece massacar? Dá medo? Aleluia! Isso significa que você RESPIROU os versos nas entrelinhas. Uma resenha de 144 páginas. LOUCURA. Em 144 manhãs, tardes ou noites, o Tao te coloca para escorregar pelos baixos fundos de sua alma. Wu Jyh Cherng, o sensível tradutor, cuida disso com maestria.
O simples compasso que rege a vida, tão manso quanto uma brisa e tão avassalador quanto um furacão. Ser e não ser. Força e contra- força. Como aceitar a ambivalência das derrapagens humanas? Só devorando esta obra, palavra por palavra, digerindo com a pressa da poesia e a morosidade de um por-do-sol interno.
E te pergunto: qual é o sentido do mundo nesse maremoto de afazeres medíocres? Lao Tse te responde com zilhões de flechas silenciosas, te suingando entre realidade e mistério. As emoções virão aos borbotões, fortes como quem abraça um encanador existencial - aquele que vai desentupindo sua alma, limpando camada por camada as bobagens que você achava que importavam.
Um leitor destaca: "Este livro é uma lâmina. Te corta IDEIAS para a verdade fluir." Outro tem a coragem de sentir: "Abri cinco páginas e chorei."
Este é o seu chamado. Não para adornar estantes ou posar de inteligente num status em rede social. Mas para absolutamente TORNAR-SE a sabedoria, TORNAR-SE imortal em Lao Tse, ancião e eterno jovem nos desertos alucinógenos do Tao. Suma na gratuidade das águas celestes que te arredondam nubes no coração.
E lembre-se: não ler o Tao te Ching não é uma questão de opção literária; é efetivamente negar a si mesmo um pedaço visceral de eternidade. Está atrasado: ☯️ Corre!
📖 Tao te Ching
✍ by Lao Tse; Wu Jyh Cherng
🧾 144 páginas
2009
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