Terreiro do Bogum
Memórias de uma Comunidade Jeje-Mahi na Bahia
Everaldo Conceição Duarte
RESENHA

Em Terreiro do Bogum: Memórias de uma Comunidade Jeje-Mahi na Bahia, os ecos de um passado ancestral reverberam nas páginas escritas por Everaldo Conceição Duarte, levando o leitor a uma profunda imersão na rica tapestria cultural da comunidade Jeje-Mahi. Este não é apenas um livro; é uma porta aberta para um universo vibrante e apaixonante que se entrelaça com a história, a espiritualidade e a resistência de um povo.
Ao longo das 112 páginas, Duarte nos brinda com histórias que dançam no ritmo dos atabaques, trazendo à luz tradições que se entrelaçam com a luta diária de uma comunidade esquecida, mas fortemente conectada com suas raízes. O autor, que também é parte desta herança viva, narra não apenas memórias, mas resgates coletivos e afirmações identitárias que pulsaram por séculos e continuam a se erguer frente ao apagamento cultural. Com uma prosa envolvente, ele nos leva a sentir a intensidade e a magia do candomblé, trazendo uma reflexão sobre a importância da valorização de suas tradições.
Os leitores frequentemente comentam sobre a maneira como o livro toca em questões delicadas relacionadas à resistência cultural e à busca pela identidade, temas que nos confrontam diretamente com a realidade de muitos povos no Brasil. O calor dos comentários positivos se mistura com críticas que apontam uma certa nostalgia na narrativa. A realidade é que o autor, ao revisitar memórias, entrelaça o passado e o presente, e nos convida a refletir não apenas sobre a história de sua comunidade, mas sobre a história do Brasil como um todo.
É impossível passar pelas páginas de Duarte sem sentir uma forte conexão emocional com as narrativas de luta e superação. Ele nos provoca, nos instiga e nos coloca diante da realidade de que a cultura não é um objeto morto em um museu; é um ser vivo, pulsante, que luta para ser reconhecido e celebrado. Essa obra é um grito de resistência que ecoa nas palavras do autor, fazendo soar sinos de alerta para o que perdemos e o que ainda podemos salvar.
Se você já se sentiu seduzido por histórias que mexem com o âmago do ser humano, Terreiro do Bogum vai te arrebatá-lo. Aqui, a leitura é mais do que um passatempo; é uma experiência visceral que nos convoca a entender a complexidade da cultura afro-brasileira e sua relevância em nosso cotidiano. O livro não é apenas uma coleção de histórias; ele é uma celebração da vida, da luta e da resistência. 🌿✨️
A mensagem que reverbera após a última página é clara: a cultura é resistência. E ao final, somos levados a perguntar: o que fazemos para preservar as memórias que nos definem? O que fazemos para que elas ecoem nas gerações futuras? Esse é um convite a não apenas ler, mas viver, sentir e fazer parte desta rica tapeçaria que é a cultura Jeje-Mahi na Bahia. Assim, cada um de nós se torna uma testemunha e, quem sabe, um defensor fervoroso da diversidade que compõe nossa identidade como nação.
📖 Terreiro do Bogum: Memórias de uma Comunidade Jeje-Mahi na Bahia
✍ by Everaldo Conceição Duarte
🧾 112 páginas
2018
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