Todos os contos
Julio Cortázar
RESENHA

Prepare-se para ser transportado a um universo repleto de magia, surrealismo e inquietação com "Todos os Contos" de Julio Cortázar. Este colosso literário de 1144 páginas é um mergulho sem volta nas profundezas da mente humana, um convite irrecusável para desafiar a realidade e abraçar o incognoscível. Cortázar, mestre do conto moderno, nos arrasta por uma jornada onde o extraordinário desliza sorrateiramente pelo tecido do cotidiano.
Cada página de "Todos os Contos" pulsa com a energia frenética e singular dos escritos de Cortázar. Seus contos não são meras histórias; são portais para dimensões paralelas onde o tempo é líquido e as fronteiras entre o real e o fantástico se dissolvem. Em uma Buenos Aires que respira, suflando segredos nas esquinas escuras, ou em cenários de sonho que parecem feitos de luz e sombra, o autor tece tramas que dançam entre o absurdo e o sublime.
Julio Cortázar, nascido na Bélgica e criado na Argentina, não é apenas um autor. Ele é um alquimista das palavras, transformando o ordinário em ouro literário. Sua escrita é um convite perigoso para sair da zona de conforto, para confrontar os medos mais primitivos e as esperanças mais sublimes. O leitor é levado a questionar não apenas o que lê, mas a própria realidade em que vive. Cortázar nos força a ver o mundo com outros olhos, a procurar o insólito nas rachaduras do cotidiano.
Em "Todos os Contos", nos deparamos com obras-primas do calibre de "A Casa Tomada", um conto que encapsula a essência do terror psicológico, ou "O Jogo da Amarelinha", onde Cortázar brinca com a estrutura narrativa de forma tão inovadora que muda para sempre a forma como lemos ficção. Seus personagens, muitas vezes perdidos entre sonhos e pesadelos, nos lembram que a fronteira entre a sanidade e a loucura é tão fina quanto uma folha de papel.
A coletânea também destaca o contexto histórico e cultural em que Cortázar escreveu. Em plena efervescência política e social da América Latina do século XX, seus contos desnudam a alienação, os conflitos internos e a busca incessante por identidade. Ao mesmo tempo, carregam uma universalidade que faz com que leitores de qualquer parte do mundo se sintam profundamente tocados.
É impossível passar incólume por "Todos os Contos". Você rirá, chorará, ficará de queixo caído e, sobretudo, será transformado. Cortázar te obriga a abrir os olhos, a sentir o pulsar da vida de forma mais vívida e intensa. Não é à toa que seus escritos influenciaram gigantes literários como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa, ambos Nobel de Literatura, que beberam da mesma fonte surrealista para criar suas obras imortais.
Críticos e leitores são unânimes: entrar no mundo de Cortázar é uma experiência avassaladora. Comentários fervorosos exaltam sua genialidade, enquanto outros tentam, em vão, encontrar palavras para descrever a desconcertante sensação de ser despido e refeito por suas histórias. Se você acredita que já leu de tudo, prepare-se para ser humildemente surpreendido.
Embarcar nesta leitura é navegar em mares desconhecidos, onde cada conto é uma onda que te arrebata e te joga para o alto, deixando a adrenalina correr solta. "Todos os Contos" te chama, te provoca, te desafia. Seria uma verdadeira insensatez ignorar o chamado de Julio Cortázar. 🌌
Então, aceite o convite. Mergulhe sem reservas nessa coletânea. Mas esteja avisado: você nunca mais será o mesmo.
📖 Todos os contos
✍ by Julio Cortázar
🧾 1144 páginas
2021
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