Velhice culpada ou inocente?
Carlos Eduardo A. Durgante
RESENHA

A velhice, essa fase tão inevitável da vida, ocorre de maneira única para cada um de nós. O livro Velhice culpada ou inocente? de Carlos Eduardo A. Durgante mergulha nessa temática envolvente e desafiadora. Mais do que um mero tratado, a obra se transforma em um convite audacioso à reflexão, questionando conceitos enraizados na sociedade e na cultura.
Neste trabalho, Durgante propõe uma discussão vigorosa sobre a percepção da velhice, desafiando o estigma de que ser idoso é sinônimo de incompetência e fragilidade. O autor, que possui vasta experiência em áreas como gerontologia e educação, utiliza sua bagagem para trazer à tona uma série de debates essenciais que perpassam a vida humana e suas diferentes fases.
Os leitores são puxados para um labirinto de ideias. Aqui, não há espaço para meias palavras: a velhice é culpada? Ou inocente? O que, exatamente, nos faz atribuir ilegalidades e injustiças a essa fase? O autor se pergunta e nos questiona, sugerindo que é a nossa própria culpabilidade que, muitas vezes, ofusca a beleza e a riqueza da vida em sua plenitude. Essa questão fueliza uma reflexão poderosa sobre a forma como a sociedade lida com o envelhecimento e como, frequentemente, falhamos em reconhecer a sabedoria que vem com a idade.
Os comentários dos leitores são um atrativo à parte. Enquanto alguns elogiam a abordagem corajosa de Durgante, outros levantam críticas sobre a falta de soluções práticas para os problemas discutidos. Há quem sinta que o autor se perde nas discussões teóricas, sem se ater em aplicações pragmáticas. Contudo, a maioria concorda que o livro é uma lufada de ar fresco em um cenário pouco explorado dentro da literatura contemporânea.
A escrita de Durgante provoca um turbilhão de emoções. Ao longo de suas páginas, a sensação de compaixão e solidariedade se intensifica à medida que nossas próprias experiências com a velhice ganham vida. O autor, sem medo de expor suas ideias, provoca um choque de realidade: quantas vezes você, leitor, já olhou para um idoso como um peso ou um fardo? Essa é a ousadia do livro; ele te obriga a enxergar a velhice com um novo olhar, aquele que vê a história, a bagagem e a luta ali presentes.
E não podemos deixar de lado o apelo cultural do texto. Longe de ser uma obra isolada, Velhice culpada ou inocente? ressoa profundamente na atualidade. Em tempos de juventude exaltada e beleza superficial, Durgante nos lembra do valor inestimável que a experiência traz. A cada página, sua narrativa audaciosa é um lembrete de que ainda há tempo para aprender com aqueles que viveram e conquistaram histórias antes de nós.
O autor não só quer que você reflita, mas que também mude sua perspectiva sobre o envelhecer. Prepare-se para um verdadeiro alerta à consciência e um chamado à ação. Nossos velhos são os faróis da existência, e Durgante nos recorda que ignorá-los é, na verdade, um crime que cometemos contra nós mesmos. ⚡️
📖 Velhice culpada ou inocente?
✍ by Carlos Eduardo A. Durgante
🧾 116 páginas
2010
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