Vinte mil léguas submarinas
Júlio Verne
RESENHA

📚 Se tem um título que carrega o peso da história literária nas costas, é Vinte mil Léguas Submarinas. Um gigante, nascido das mãos e mentes criadoras de Júlio Verne, ícone do movimento científico-fantástico do século XIX. Isto é uma odisseia de tirar o fôlego que te arrasta para o fundo do desconhecido oceano - onde o fantástico se encontra com o terror insondável nas profundezas aquáticas.
Aliás, falar de Verne é destrinchar uma mente avant-garde, que, no século XIX, já viajou pelo espaço da ficção científica. Não à toa, Vinte mil Léguas Submarinas influenciou grandes gênios como Arthur C. Clarke, autor de "2001: Uma Odisseia no Espaço", e até mesmo cientistas do porte de Jacques Cousteau. Quando se fala em literatura que desafia os limites da realidade e antecipa o futuro, Verne é o rei indomável deste infraturíso literário.
🤯 Abramos as páginas deste colosso marítimo e caiamos nas profundezas das águas junto ao Capitão Nemo - um herói? - ou melhor, um anti-herói tão enigmático que cativa e assusta na mesma intensidade. Nemo capitaneia o magnífico submarino Nautilus - um leviatã moderno que desliza pelo abismo com a graciosidade de uma sinfonia secreta. A trajetória de seus passageiros, os intrépidos professor Aronnax, seu fiel criado Conseil, e o impetuoso Ned Land, é uma verdadeira descida ao útero de Gaia.
E o que dizer desse submarino nomeado tão apaixonadamente como Nautilus? Ele é mais que uma máquina! É um casulo de tecnologia, luxo e mistério, despontando como um santuário flutuante em mares desconhecidos. Cada centímetro desta embarcação o arrebatará, revelando sonhos de uma era nascida antes do mergulho da revolução dashboard tecnológica.
🦑🧜🏻 Quem lê pela primeira vez se lembra eternamente das épicas batalhas contra criaturas colossalemente bizarras abaixo do azul... Polvos gigantes que ganhariam qualquer guerra se tivessem menos apetite pelo Aronnax e amigos. E de modo inebriante, Jules Verne não apenas mapeia estas águas escuras; ele as ilustra, pixel por pixel, em textos que reverberam o dread impactante daqueles ignóbeis abismos.
Sob a capa de ficção científica, respira-se ressoantes nuances ideológicas. Jules Verne é, inequivocamente, um arquétipo da contracultura com laços fortes à reflexão crítica de seu tempo. O iaiá do tecnológico à revolução industrial: o homem é atrozmente perigoso quanto desmesuradamente engenhoso. E se beneficia ao moldar lei e ordem às suas retorcidas imaginações.
📖 Vinte mil léguas submarinas
✍ by Júlio Verne
🧾 368 páginas
2019
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