A criança surda
Linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista
Marcia Goldfeld
RESENHA

A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista é uma obra que atravessa as barreiras da comunicação e mergulha nas complexas intersecções entre surdez, linguagem e socialização. Marcia Goldfeld, com uma escrita incisiva e provocativa, nos convida a refletir sobre um tema frequentemente negligenciado: como as crianças surdas percebem e se inserem em um mundo construído, muitas vezes, por sonoridades e vozes que lhes são estranhas.
Ao longo das páginas, Goldfeld não apenas apresenta dados acadêmicos sobre déficits auditivos e desenvolvimento linguístico, mas transcende o mero técnico para explorar as nuances emocionais e sociais que cercam a experiência dessas crianças. Em um país onde a inclusão ainda é uma luta diária, o texto se revela como um grito de resistência e compreensão, exigindo que o leitor não se limite a observar de longe, mas se envolva inteiramente na realidade daqueles que têm sua voz silenciada.
Os leitores frequentemente comentam sobre a forma como Goldfeld consegue despertar a empatia, provocando uma mistura de reflexão e indignação. Críticas e opiniões permeiam a obra, ressaltando a urgência do aprofundamento no estudo da surdez sob uma ótica sociointeracionista. Há quem afirme que a autora poderia ter aprofundado ainda mais o contexto histórico, mas muitos também reconhecem sua habilidade em conectar teoria e prática. O fato é que a obra torna-se um convite à ação - um chamado para que os educadores e profissionais da saúde se arrebatem ao sentido desta luta.
A coragem de Goldfeld em abordar a surdez não apenas como uma condição, mas como uma experiência cultural e social, provoca um choque de realidade que pode desestabilizar até mesmo os mais céticos. Ao falar sobre linguagem, a autora nos lembra que ela não é meramente um conjunto de palavras, mas uma ferramenta que molda identidades e vínculos. A ausência de sons não é um vácuo, mas um espaço riquíssimo para a construção de significados alternativos.
O cenário em que A criança surda foi escrito, no final dos anos 1990, evoca uma época de mudanças na percepção sobre inclusão e acesso à educação. Não foi à toa que a obra se tornou uma referência: Goldfeld, com sua paixão e dedicação, influenciou não apenas acadêmicos, mas também educadores e ativistas pela inclusão, sendo um farol de esperança num mar de indiferença.
Ao final da leitura, o leitor se vê compelido a não apenas refletir, mas agir. A urgência da inclusão, a necessidade de compreender a surdez como uma pluralidade de vozes que clamam por reconhecimento e respeito, é um chamado que ecoa forte. Se você ainda não leu A criança surda, não apenas perca a chance de mergulhar nas profundezas desse tema fascinante e urgente, mas prepare-se para uma transformação pessoal.
Esta obra é mais do que uma pesquisa acadêmica; é um manifesto pela inclusão, um convite à solidariedade e um chamado à ação. Não fique de fora dessa conversa essencial que pode alterar a maneira como você entende o mundo! 🌍
📖 A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista
✍ by Marcia Goldfeld
🧾 176 páginas
1996
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