A Depressão tem sete andares e um elevador
Isabela Sancho
RESENHA

A Depressão tem sete andares e um elevador é uma jornada visceral através do labirinto da mente, onde cada andar representa uma camada da experiência humana entre a alegria e a dor. Isabela Sancho não se limita a descrever a depressão como um estado de espírito; ela a transforma em um espaço físico, um edifício multifacetado e opressivo, elevando a reflexão sobre o tema a um novo patamar.
O que se espera de uma leitura sobre um assunto tão delicado? Um testemunho sincero, capaz de penetrar as paredes invisíveis que cercam aqueles que vivem esta realidade. Isabela, com sua prosa envolvente e tocante, consegue nos transportar para dentro dessa estrutura, levando-nos a acompanhar a subida e descida por seus andares, cada um carregando traumas, medos, anseios e, acima de tudo, a busca incessante por luz em meio à escuridão.
Os leitores que se aventuram por estas páginas encontrarão ecos de suas próprias experiências. O relato não é apenas a vivência de um indivíduo; é um espelho que reflete experiências universais, formando uma ponte de conexão entre quem já passou pela batalha da saúde mental. Aqueles que se sentem isolados ou incompreendidos encontrarão em Sancho não apenas uma autora, mas uma companheira de luta, alguém que entende a dor e a esperança.
E não podemos ignorar as reações que a obra provoca. Críticas afetuosas ressaltam a forma como a autora transforma a dor em arte, elogiando sua capacidade de conectar-se com o leitor em um nível profundo e emocional. Por outro lado, há aqueles que buscam uma narrativa mais otimista, desapontados com a crueza e a vulnerabilidade expostas. Mas é exatamente essa dualidade - o medo e a coragem, a derrota e a resistência - que faz com que a obra ressoe de forma tão poderosa.
Por trás de cada palavra, Isabela Sancho tece um tapete de emoções que não se despedaçam facilmente. A linguagem é direta, mas não sem poesia, e cada frase pulsa como um coração que luta por vida. Ao abordar a depressão, ela não apenas informa; ela desperta, provoca e instiga. Aqui, você não vai encontrar respostas fáceis ou soluções rápidas. O que você terá, em contrapartida, é um convite à reflexão, à empatia e, quem sabe, à ação.✨️
Se a depressão tem andares, talvez a esperança também tenha. O elevador pode ser a saída, mas cada andar exige coragem para ser atravessado. Em um mundo que muitas vezes silencia a dor, A Depressão tem sete andares e um elevador é um grito desesperado para que todos ouçam. Este é um livro que faz doer, mas também é um lembrete de que a dor é parte da jornada e que, ao se expor, se transforma em luz.
Quem se atreve a dar o primeiro passo e entrar nesse elevador? A descida pode ser escura e cheia de reviravoltas, mas a recompensa ao chegar ao último andar pode ser a libertação, um novo início. Não fique de fora dessa experiência transformadora, é hora de expandir a mente e o coração, para que possamos, juntos, correr atrás da luz. 🌟
📖 A Depressão tem sete andares e um elevador
✍ by Isabela Sancho
🧾 116 páginas
2019
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