A partilha do sensível
Estética e Política
Jacques Rancière
RESENHA

Como um verdadeiro maestro da estética e política, Jacques Rancière, em A partilha do sensível, orquestra uma sinfonia que reverbera nas mentes e corações dos leitores. Com uma prosa envolvente e incisiva, ele nos conduz por um labirinto de reflexões onde a arte não é mero objeto de apreciação, mas um campo de batalha onde se disputam vozes e visões. Este não é um livro que você apenas lê; é uma experiência que te provoca a repensar tanto o mundo à sua volta quanto o papel da estética na construção de sua vida.
Rancière provoca uma revolução silenciosa ao afirmar que a arte e a política estão profundamente entrelaçadas. Ele quebra as barreiras que muitos insistem em manter, desafiando a ideia de que a estética é um privilégio de poucos. Ao contrário, ele nos convida a testemunhar um novo arranjo social onde as vozes marginalizadas emergem, reconfigurando o que entendemos por sensibilidade. O autor nos ensina que a arte é uma ferramenta poderosa de emancipação, um espaço onde qualquer um pode reivindicar a sua voz, e isso é tanto libertador quanto aterrador.
Ao longo das páginas, encontramos comentários que variam entre a paixão ardente e a crítica mordaz. Muitos leitores saúdam Rancière como um profeta da modernidade, capaz de desvelar um mundo repleto de possibilidades. Outros, no entanto, rebatem suas ideias como utopias inalcançáveis em um cenário político repleto de desigualdades. Este jogo de opiniões quase reflete a obra em si: uma luta constante entre opiniões, um embate onde o que é sensível e o que é político se confundem.
Rancière, com seu olhar aguçado, não aceita o status quo. Ele denuncia a incapacidade de muitos em ver a arte além de seus quadros e esculturas. A partilha do sensível é um grito de liberdade em um mundo que tenta calar as vozes não ouvidas. Se você está se perguntando qual pode ser o impacto disso tudo, a resposta é clara: uma revolução interna que pode ecoar em realidades externas. Ao mergulhar na leitura, você se vê desafiado a interrogar sua própria relação com a estética e a política.
Este livro não é um manual para se tornar um ativista ou um crítico de arte, mas uma incitação à reflexão, uma espécie de chamado à ação nas pequenas coisas do cotidiano. Você vai querer discutir, debater, incitar controvérsias e, acima de tudo, compartilhar essas ideias com quem está ao seu redor. É uma obra que transcende a imobilidade da leitura, convocando você a um diálogo incessante, um diálogo que pode muito bem mudar a forma como você vê o mundo.
Não se deixe enganar pela brevidade da obra; suas 72 páginas estão repletas de ideias perturbadoras e desafiadoras. Ao final da leitura, você poderá se encontrar em uma nova realidade, onde a estética não é apenas um campo de arte, mas um campo de luta e resistência. O que você vai fazer com isso? A escolha é sua, mas saiba que a jornada de Rancière é apenas o início de um caminho que o conduzirá por discussões a partir das mais simples até as mais complexas, fazendo você se sentir como um protagonista de sua própria narrativa. 🌍✨️
📖 A partilha do sensível: Estética e Política
✍ by Jacques Rancière
🧾 72 páginas
2008
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