Resumo de A partilha do sensível: Estética e Política, de Jacques Rancière
Descubra como Jacques Rancière entrelaça arte e política em 'A partilha do sensível'. Uma reflexão sobre estética e transformação social espera por você!
domingo, 10 de novembro de 2024
Ah, Jacques Rancière, o filósofo que fez da estética um verdadeiro campo de batalha entre o belo e o político. Este livro, A partilha do sensível, poderia ser resumido como um convite a uma festa onde não sabemos exatamente se vamos contemplar uma tela ou debater propriedade pública. Prepare-se! Vem spoiler de conceito por aí!
O título já entrega o jogo: "partilha do sensível" é sobre como a arte e a política estão entrelaçadas de forma indecorosa. Rancière nos provoca a pensar que, sim, a forma como observamos a arte define também o que é visto na esfera pública. É como se a arte dissesse: "Oi, você não pode ignorar o que está acontecendo no mundo só porque está admirando minha beleza!" E quem é que nunca se distraiu com um quadro enquanto o mundo desmoronava ao seu redor?
Num momento super filosófico, Rancière fala sobre a distribuição do sensível, que é basicamente um mapa das relações sociais e do que é percebido em qualquer dado contexto. Ele argumenta que a política tem sua própria estética, e essa estética não se limita ao que está em uma galeria de arte. Se você acha que arte é só o que vende em leilão, prepare-se para tirar as vendas dos olhos!
Rancière resgata o passado, relembrando que a arte sempre teve um papel político, mesmo que disfarçado de beleza pura. Ao analisar as obras de artistas e movimentos, ele nos faz entender que a arte não é só um objeto a ser consumido, mas uma ferramenta de transformação que pode (e deve) desafiar as normas sociais. Sério, ele quase grita: "Acorda, gente! Não dá pra fechar os olhos para tudo isso aqui!"
Avançando no texto, ele discute as tensões entre as categorias estéticas e as práticas políticas. Ele faz um belo jogo que nos leva a refletir sobre o que é realmente visível e invisível na sociedade. E não pense que estamos aqui só para falar de arte chique! Rancière vai lá e mescla conceitos de exclusão social com a elevadíssima análise do que é ético e estético.
E, se você estava se perguntando se Rancière considera a arte uma elite, a resposta é não! Ele quer provocar a ideia de que a arte pode e deve abrir portas e deixar cada um participar dessa "festa estética". Ele não quer que você fique só na lateral, observando, enquanto as elites dançam no centro do salão.
Mais tarde, o autor lembra que a política não é só feita nas urnas, e que os artistas têm, historicamente, desempenhado papéis fundamentais na contestação de ideias comuns. É dessa forma que Rancière nos desafia a olhar para a arte (e para a vida) com aspectos que muitas vezes ignoramos. E ele não se contém, é explícito ao dizer que a mudança estética pode gerar uma mudança política. Então, assim, fica a reflexão: ao apreciarmos algo belo, estamos também contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa?
Ao final do livro, não sei se você vai sair com respostas definitivas, mas provavelmente vai chegar a conclusão de que a beleza e a política não são só vizinhas, mas melhores amigas que, por vezes, brigam feio. E assim, A partilha do sensível nos apresenta a arte como um espelho social, uma forma de despertar consciências e, quem sabe, mudar o mundo - tudo isso enquanto nos convidam a admirar a nova instalação contemporânea na praça central.
Agora, se você estava esperando um final feliz, bem... aqui não tem, mas a reflexão continua!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.