A sede do afogado
Viver é feito de morreres
Shabué Xegú
RESENHA

A sede do afogado: viver é feito de morreres não é apenas um título; é um convite ao abismo da introspecção. Shabué Xegú, com sua pena afiada e sensível, desenha um panorama visceral das complexidades da existência. Neste livro surpreendente, cada página é uma imersão nas profundezas da alma humana, onde a vida e a morte dançam numa coreografia inquietante e bela.
Ao longo destas 72 páginas, o autor nos engaja em um diálogo sobre a fragilidade da vida, usando metáforas que deixam a mente em ebulição. O título sugere uma paradoxal sede por aquilo que se parece inalcançável, uma realidade de que viver é essencialmente um processo contínuo de "morreres". Aqui, a morte não é o fim, mas um elemento intrínseco à condição humana, uma companheira constante que provoca reflexões profundas.
Os leitores se deparam com opiniões polarizadas. Muitos elogiam Xegú por sua capacidade de tocar em temas espinhosos com delicadeza e ousadia, enquanto outros criticam a intensidade das suas reflexões, considerando-as pesadas ou sombrias. No entanto, essa tensão é justamente onde reside a beleza da obra. Através deste embate de percepções, ficamos reféns de uma narrativa que nos obriga a confrontar nossas próprias verdades.
A escrita poética do autor não se limita a ser um mero exercício estilístico, mas transforma, profundamente, a maneira como o leitor percebe a vida dinâmica e efêmera. Suas palavras ecoam nas profundezas, trazendo à tona sentimentos adormecidos e questões que muitas vezes escolhemos ignorar. Ele nos instiga a questionar: O que realmente significa viver? E, mais crucial, o que estamos dispostos a sacrificar em nome dessa vida?
A sede do afogado não é um livro para ser lido apressadamente. É uma obra que exige contemplação, que pede por uma pausa na correria do cotidiano. Cada parágrafo pulsa com emoção, uma chamada intensa para que você sinta, reflita e reavalie sua própria jornada. Assim como um mergulho nas águas profundas, a leitura deste livro também pode ser inebriante e transformadora.
Xegú não está apenas escrevendo sobre vidas que se esvaem, mas está tecendo uma tapeçaria onde cada fio é uma vida, cada nó um desafio superado ou uma dor enfrentada. Os ecos dessa obra ressoam na atualidade conturbada, onde o frenesi do dia a dia nos faz esquecer da essência do ser. Significa viver em um mundo que muitas vezes prefere a superficialidade ao verdadeiro encontro consigo mesmo.
Os comentários de leitores revelam uma experiência visceral: alguns lamentam a dor que a história provoca, enquanto outros celebram a catarse que emana das páginas. Se você ainda não se deparou com esta obra, não tema o "sabor" intenso descrito pelos que a leram. Afinal, o brilho da vida brilha mais forte quando confrontamos suas sombras.
Ler A sede do afogado: viver é feito de morreres é como encarar um espelho que reflete não apenas sua imagem, mas também a complexidade da condição humana. Uma jornada de autoconhecimento e de confrontar os limites do que significa realmente viver. ✨️ Se você tem coragem, mergulhe!
📖 A sede do afogado: viver é feito de morreres
✍ by Shabué Xegú
🧾 72 páginas
2020
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