A volta ao mundo em oitenta dias
Júlio Verne
RESENHA

No âmago da aventura literária, encontramos A volta ao mundo em oitenta dias, uma obra-prima de Júlio Verne que nos transporta para um mundo repleto de emoção, curiosidade e um espírito indomável de exploração. Publicado pela primeira vez em 1872, este clássico não é apenas uma simples história de viagem; é um chamado à bravura, uma ode à curiosidade humana e uma reflexão sobre os limites que nos impomos.
Phileas Fogg, o protagonista imperturbável que ostenta uma precisão quase matemática, desafia as convenções de seu tempo decidindo dar a volta ao mundo em apenas oitenta dias. Assim, Verne não nos apresenta apenas um herói, mas um símbolo da luta contra o tempo e as barreiras sociais. A cada paragem, a cada desafio, somos convocados não só a torcer por Fogg, mas a olhar para dentro de nós mesmos e questionar: até onde iríamos por um sonho? Até onde vamos para quebrar os grilhões da rotina e viver a grande aventura da vida?
À medida que Fogg atravessa continentes e culturas, somos abraçados pela diversidade da humanidade. Verne habilmente entrelaça a geografia com a narrativa, e invoca a essência do nosso mundo em rápida transformação. As reações dos leitores de ontem e de hoje a essa obra revelam um deslumbramento atemporal. As opiniões são diversas: muitos ficam maravilhados com a sagacidade de Fogg, enquanto outros questionam a representação de culturas e seus estereótipos. Essa dualidade de percepções revela como a literatura pode ser um espelho do seu tempo, refletindo tanto a ousadia quanto os preconceitos de uma era.
A trama se desenrola como um turbilhão. Em meio a tramas e reviravoltas, o leitor se vê imerso em emoções que vão do alívio à angústia. Cada cidade visitada, cada desencontro inesperado, é uma lição sobre resiliência e a importância da camaradagem, representada pelo leal Passepartout. Essa relação entre Fogg e seu criado não é apenas uma dinâmica de classe; é uma amizade que transcende barreiras e molda ambos os personagens de maneiras imprevistas.
E o que dizer da escrita de Verne? Com uma prosa que dança entre a simplicidade e o esplendor poético, ele nos transporta para lugares que jamais poderíamos conhecer. As palavras de Verne têm a capacidade de fazer o leitor sentir o calor do deserto, o frescor das montanhas e o aroma das especiarias de mercados exóticos. É uma experiência sensorial que nos faz crer que podemos, por um breve instante, ser parte dessa jornada.
As críticas à obra são tantas quanto suas celebrações. Há quem acredite que Verne romantiza a colonialidade, enquanto outros defendem que sua intenção era iluminar a beleza e a diversidade do mundo. Mas o que podemos afirmar com certeza é que A volta ao mundo em oitenta dias é uma reflexão profunda sobre a condição humana, sobre como a busca por sonhos pode nos levar a confrontar nossas próprias limitações e preconceitos.
Em última instância, a obra de Júlio Verne não é apenas uma viagem ao redor do globo; é um convite para olharmos além do horizonte, para desafiarmos a nós mesmos e, acima de tudo, para abraçarmos a aventura que é viver. Você está pronto para dar o primeiro passo? Não perca a chance de se perder e se encontrar nesse mundo vasto e vibrante que Verne tão brilhantemente retratou! ✨️
📖 A volta ao mundo em oitenta dias
✍ by Júlio Verne
🧾 56 páginas
2019
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