Resumo de Retratos Parisienses: 31 crônicas (1949-1952), de Rubem Braga
Mergulhe nas crônicas de Rubem Braga em 'Retratos Parisienses'. Uma leitura que transforma o cotidiano em pura poesia e reflexão!
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Retratos Parisienses! Um livro que pode ser resumido como uma espiadinha na vida e nos pensamentos de um dos mais ícones cronistas brasileiros, Rubem Braga. Se você está se perguntando por que deveria se importar com crônicas escritas entre 1949 e 1952, saiba que Braga consegue fazer até uma descrição de um pão na padaria parecer uma obra-prima. Prepare-se para uma viagem cheia de observações astutas e um toque do cotidiano parisiense, com aquele charme brasileiro que só o nosso "Príncipe dos Cronistas" sabia entregar.
Braga, que não teve medo de enfiar a cara em Paris à luz do pós-guerra, nos apresenta uma série de crônicas que nos fazem sentir como se fôssemos os parceiros de café dele em um bistrô qualquer, tentando entender os dramas das pessoas que se cruzam em seus passeios. Nas páginas desse livro, encontramos personagens e situações que vão de um simples encontro amoroso a reflexões sobre a solidão - tudo com uma pitada de sarcasmo e ironia. Como se fosse um amigo contando histórias em um bar, Braga descomplica a grandiosidade da cidade luz e transforma em poesia o que muitas vezes passa despercebido.
Entre as crônicas, nos deparamos com retratos de parisienses bem peculiares. Tem o artista que já não faz arte, a mulher desiludida, o garçom que tem mais histórias que clientes, e até um gato despretensioso que provavelmente viveu mais aventuras do que muitos humanos que passavam por lá. É como se Braga estivesse anotando as histórias de vida de cada um deles como se fossem um pouco de cada um de nós, e o resultado é um mix delicioso de riso e reflexão.
Não podemos esquecer dos momentos que nos deixam com um sorriso no rosto, como quando ele fala sobre as peculiaridades da língua francesa, ou as esquisitices dos turistas que, sem saber, acabam se tornando parte da paisagem. O que não falta por aqui é humor, mesmo em tempos sombrios - afinal, quem nunca sorriu diante das peripécias do cotidiano?
Spoiler à vista: se você está aqui esperando um final grandioso ou uma reviravolta que desafia a lógica, sinto muito! As crônicas de Rubem Braga não têm, exatamente, esse tipo de narrativa. Ele deixa claro que a vida é feita de pequenos momentos e que a beleza está nas coisas simples, nas pequenas alegrias e nas tristezas que também nos fazem rir. A genialidade dele é transformar cada pequeno instante em algo digno de ser guardado nas memórias, por mais insignificante que possa parecer.
Se você está se perguntando se vale a pena conferir essas crônicas, a resposta é um sonoro sim! "Retratos Parisienses" é um convite a refletir e a rir da vida, tornando-se, assim, uma leitura leve e extremamente prazerosa. Uma ótima oportunidade para pegar o espírito de Braga e levar um pouco da elegância e do contraditório da vida parisiense para o nosso dia a dia. Ao final, você só terá a certeza de que cada crônica é um retrato não apenas de Paris, mas da condição humana. E, convenhamos, quem não gosta de um bom retratinho para animar a vida?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.