Resumo de Boitempo - Esquecer para lembrar, de Carlos Drummond de Andrade
Mergulhe nas reflexões de Drummond em 'Boitempo - Esquecer para lembrar' e descubra como memória e esquecimento moldam nossa vida.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Carlos Drummond de Andrade, o poeta que poderia ter sido um grande filósofo e até mesmo um guru, mas preferiu apenas nos deixar um legado repleto de reflexões profundas e uma boa dose de melancolia. Em Boitempo - Esquecer para lembrar, Drummond não desaponta e traz uma prosa poética onde a memória e o esquecimento dançam um tango sóbrio, mas com pitadas do humor ácido que só ele sabe proporcionar.
Neste livro, Drummond se debruça sobre o dilema do que significa "lembrar" e "esquecer". Você pode estar se perguntando: "Por que não podemos simplesmente lembrar de tudo e viver felizes para sempre?" Spoiler: a vida não é um filme da Disney! O autor revela que, muitas vezes, lembrar é o que mais dói, e esquecer é uma forma de proteção - uma defesa que nós, meros mortais, construímos para sobreviver ao caos da vida cotidiana. Na verdade, é quase como se ele dissesse: "Esquecer é o novo lembrar!"
Drummond vai puxando a linha do tempo da sua memória, e aqui é onde ele se revela um mágico e nos faz ver que a lembrança é construída de fragmentos, uma colagem de momentos que podem ser alegres, tristes, ou um mix de ambos, porque, convenhamos, quem disse que a vida faz sentido, afinal? Ele reflete sobre as marcas que as memórias deixam em nós, e como elas moldam o nosso ser. Quase uma conversa de bar com um amigo íntimo, mas sem precisar pagar a conta no final.
Um dos tópicos mais impactantes do livro é como as lembranças podem ser traiçoeiras. Para ilustrar, Drummond toma como exemplo a própria vida - imagine aquele amigo que só aparece quando precisa de algo. Lembrar-se dele pode ser uma rasteira, mas também um impulso para mudar. O autor fala sobre a importância do ato de relembrar: para entender quem somos e, às vezes, prever quem podemos vir a ser. E se você ainda não se convenceu, ele faz questão de mencionar que esquecer também pode ser uma forma de amor - você perdoa e deixa ir, mesmo que esses momentos sejam ricos em significado.
Não podemos esquecer das metáforas que ele utiliza, pois Drummond é o rei dos trocadilhos, se assim pudéssemos chamá-lo. Aliás, é interessante notar como, ao longo da obra, ele flutua entre a elegância da prosa e a simplicidade das frases curtas que nos fazem refletir por dias e nights. Os parágrafos vão se desenrolando como um novelo de lã - a cada novo ato, uma nova lembrança, revelando uma parte dele, de nós e do mundo.
E se você estava esperando um final feliz. bem, Drummond não é exatamente o mago da esperança sem fim. O que ele nos ensina é que a vida e as lembranças são uma colcha de retalhos. Precisamos aceitar que alguns pedaços serão desconexos, mas todos têm seu lugar na nossa história. E no final, o que importa não é só lembrar ou esquecer, mas sim como essas experiências moldam nossa jornada.
Em resumo, Boitempo - Esquecer para lembrar é um mergulho na psicologia da memória, um convite à autoanálise e uma lembrança de que, no fundo, todos nós somos um pouco Drummond - tentando navegar por essas águas turbulentas da memória humana. Então, prepare-se para rir, chorar, e, quem sabe, até esquecer um pouco para lembrar melhor no futuro.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.