Resumo de A máquina parou: seguido de paisagem com risco existencial, de E.M. Forster

Entenda a crítica de E.M. Forster em 'A máquina parou', um conto sobre a dependência tecnológica e suas consequências. Uma leitura reflexiva!

Se você achava que a vida moderna e tecnológica é um paraíso, é melhor dar uma lida em "A máquina parou", de E.M. Forster. Este conto curto e preciso é como um aviso sobre o que acontece quando a humanidade depende demais da tecnologia, tipo um post do Facebook que você nunca queria ter lido. O texto gira em torno de um futuro onde a civilização vive embaixo da terra, completamente dependente de uma máquina gigante que cuida de tudo. E quando digo tudo, é tudo mesmo! Desde a comida até os passeios na praia (ok, não é uma praia propriamente dita, mas como vamos chamar o local onde as pessoas se reúnem para discutir a vida sem sair de casa?).

A protagonista é a Evelyn, uma jovem que sonha em sair da sua bolha tecnológica e sentir o ar fresco (ou algo que se pareça com isso) da superfície. O que é um desejo muito bonito, temos que admitir, mas será que essa tal superfície não está mais para uma área de risco do que para um belo passeio ao sol? A máquina, nossa amiga que faz tudo, já não é tão amiga assim. Ela é um símbolo do controle excessivo, e é aí que a gente percebe que a Evelyn pode estar um pouco fora da realidade.

O texto também traz Kuno, um gênio que decide que seguir o fluxo da máquina não é lá uma ideia genial. Ele quer se libertar dos grilhões da tecnologia, e para isso ele apresenta o conceito de explorar o mundo exterior. A reação da Evelyn é basicamente a de quem descobre que seu Wi-Fi não funciona: um misto de pavor e desespero. E o que acontece com essa máquina, que em sua grandiosidade e eficiência, acaba criando um verdadeiro caos? Bom, isso você vai ter que descobrir sozinho, porque spoiler não é meu lema aqui!

Depois desse desenrolar todo, o conto também vem com "Paisagem com risco existencial". Este texto é um convite para uma análise mais profunda sobre as relações humanas, ou a falta delas. Afinal, quem precisa de contato humano quando se pode ter uma tela brilhante na frente? Vemos personagens lidando com suas angústias existenciais, enquanto a realidade do mundo continua a girar, mesmo que eles não queiram perceber isso (muito parecido com aquele amigo que continua assistindo às séries enquanto você tenta falar sobre o apocalipse).

Para passar o recado de Forster, a gente se depara com o grande ýX* que permeia a obra: a ideia de que, por mais que as máquinas podem nos ajudar e facilitar nossas vidas, elas também podem nos aprisionar em uma realidade que não é mais nossa. O resultado? Pessoas que simplesmente esqueceram como viver de fato, preferindo as superficialidades do mundo virtual.

Então, se você está pensando em se desconectar um pouco da sua tela e quer refletir sobre a dependência da tecnologia, A máquina parou é uma ótima pedida. Prepare-se para um passeio pela angustiante e irônica visão de Forster sobre um futuro que pode muito bem estar mais próximo do que imaginamos.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.