Resumo de Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém, de Charles Bukowski
Mergulhe na crueza e no lirismo de Bukowski em 'Essa Loucura Roubada'. Histórias insanas que refletem a natureza humana e encantam com sua sinceridade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém! Para os íntimos, vamos chamar de "essa loucura" mesmo, porque o título já dá uma pista do que vem pela frente: é Bukowski em sua essência mais crua e debochada. Este livro é uma coletânea de contos e poemas que, se você está preparado para viagens insanas pela mente de um dos maiores poetas e contistas do século XX, aqui está a sua chance de se perder com estilo.
Começamos com a vida de um homem que bem poderia ser o próprio Bukowski: ele é um anti-herói. Um sujeito que se afunda em vícios, que tem uma relação primorosa com o álcool e um carinho especial por mulheres problemáticas. Não é spoiler, porque vamos combinar, isso é a base do universo bukowskiano! Ele observa a vida de forma brutal, irônica e, muitas vezes, depressiva, num formato que faz você sentir que está tomando uma boa cerveja enquanto escuta suas histórias mais cabeludas.
Os personagens que desfilarão por aqui são seres humanos falhos, cheios de manias, mas que possuem uma sinceridade quase poética. O que Bukowski faz é quase um serviço social - mas sem nenhuma pretensão de salvar vidas - afinal, ele quer que você veja a própria loucura alheia e sinta um alívio ao pensar "pelo menos eu não sou tão assim". Os contos revelam momentos do cotidiano que beiram ao absurdo: um encontro em um bar pode se tornar a última conversa que você gostaria de ter antes de entrar numa espiral de autopiedade e desilusão.
Há um toque de lirismo sinistro em suas palavras. Bukowski coloca o coração na mesa, junto com as garrafas vazias, e convida você a sentir a angústia da vida. Um dos meus trechos favoritos fala sobre amor e solidão, em que ele se pergunta se o que há entre um casal é amor ou apenas uma forma de se distrair da própria miséria. Spoiler: geralmente, é a segunda opção!
O autor oscila entre momentos de crueza e algumas passagens mais emocionais, mostrando que, por trás de toda a desilusão, ainda há espaço para reflexões sobre a vida, a arte, e porque não, um velho cachorro que você encontrou na rua. A morte, a solidão, e a busca incessante por um sentido na vida aparecem na forma de histórias que se ligam em uma teia confusa, onde ganhar a vida parece uma tarefa tão difícil quanto a própria sobrevivência.
Portanto, Essa Loucura Roubada que não Desejo a Ninguém a não Ser a Mim Mesmo Amém não é um livro para os fracos de coração. É uma viagem pelo lado mais obscuro da natureza humana, mas com o toque insano de Bukowski que, como um bom vinho (ou uma boa cerveja), só melhora com o tempo. Na próxima vez em que você se pegar tomando uma dose dupla de solidão, lembre-se: Bukowski já passou por isso e, de algum jeito, ele conseguiu transformar essas experiências em literatura que é um tapa na cara de todos nós. E, se você se interessar por essa loucura, é melhor preparar o seu estômago e seu coração: a viagem será inesquecível!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.