Resumo de Para acabar com o juízo de Deus e outros escritos, de Antonin Artaud
Mergulhe na mente de Antonin Artaud em 'Para acabar com o juízo de Deus'. Reflexões sobre arte, sociedade e o desconforto humano aguardam.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Antonin Artaud, o poeta maldito, o dramaturgo que praticamente pulou do palco direto para o inconsciente coletivo. Em "Para acabar com o juízo de Deus e outros escritos", ele traz uma coletânea de textos que questiona tudo: a sociedade, a moral, o próprio Deus e até mesmo a sua própria sanidade. Prepare-se para um passeio pela mente de um homem que estava tão à frente do seu tempo que, se ele fosse um carro, estaria na Fórmula 1 enquanto a galera ainda estava aprendendo a andar de bicicleta.
O livro é uma mistura de ensaios e peças que refletem o profundo desconforto de Artaud com o mundo. Ele toca em tópicos como a crueldade e a opressão, não apenas como conceitos sociais, mas como elementos intrínsecos à condição humana. Por assim dizer, se Artaud fosse um super-herói, a sua habilidade especial seria expor as verdades nuas e cruas que a maioria prefere ignorar, como aquele amigo que sempre fala sobre política nas reuniões familiares.
No texto que dá nome ao livro, "Para acabar com o juízo de Deus", ele lança um olhar crítico sobre o que ele vê como um juízo moral insuportável que nos é imposto, como se Deus estivesse em um tribunal, sentenciando nossas vidas baseado em critérios que mudam conforme o vento. É a estética do desespero! Artaud clama por uma libertação do peso desse juízo, quase como se estivesse gritando: "Deus, pode dar um tempo? Estou tentando viver aqui!".
Mas calma, não é só isso, esse não é um livro de autoajuda, afinal. Artaud também fala sobre o teatro como um instrumento de liberação. Ele acreditava que a arte deveria ser uma experiência visceral que, se bem executada, poderia transformar o espectador. Em algumas partes, ele parece estar propondo que a única forma de nos salvar da alienação é se jogarmos de cabeça nas nossas emoções mais profundas e dolorosas. Se você tem medo de sentir, pode ser melhor evitar as peças dele, ou correr o risco de acabar em uma terapia de grupo.
Agora, sobre os outros escritos... prepare-se para reflexões profundas que podem te deixar mais confuso do que a última temporada daquela série que você tanto ama. Os textos variam entre o absurdo e o sublime, mostrando como a realidade pode ser uma piada de mau gosto, mas o riso que provoca é o de quem sabe que, no fundo, todos estamos numa grande palhaçada chamada vida.
Ah, e se você está esperando por um final feliz ou uma moral da história, spoiler alert: isso não vai acontecer. Artaud não é sobre o "vivemos felizes para sempre", mas mais sobre um "vamos ver até onde essa insanidade nos leva". Portanto, segure-se firme, porque "Para acabar com o juízo de Deus e outros escritos" é uma jornada pela mente de um gênio perturbado que ainda hoje desafia nossos conceitos de arte e espiritualidade.
Em suma, você está pronto para o desconforto? Se não, pode ser que esse livro não seja a melhor companhia para uma tarde de chá.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.