Resumo de O Colecionador, de John Fowles
Mergulhe no perturbador universo de 'O Colecionador' de John Fowles, onde a obsessão e a solidão se entrelaçam em uma narrativa de arrepiar.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você algum dia pensou em como os hobbies podem ficar um pouco... peculiares, talvez esse livro de John Fowles seja para você. O Colecionador não é só um retrato de um colecionador de borboletas (ou melhor, de pessoas), mas também um aviso: gente estranha existe e pode muito bem estar olhando para você neste exato momento. Então, prepare-se para mergulhar em um conto que dá arrepios e faz você questionar se é realmente uma boa ideia convidar estranhos para entrar na sua casa.
A história gira em torno de Frederick Clegg, um sujeito que poderia muito bem ser o protagonista de um documentário sobre a "vida de um solitário". Ele é uma espécie de colecionador - e, sim, não estamos falando de selos ou canecos de cerveja, mas de pessoas. Em especial, ele tem um interesse um tanto "especial" por Miranda, uma jovem e bela estudante de arte que ele observa em seu cotidiano, como um verdadeiro stalker de opereta. E você, leitor, pode imaginar que ter um admirador secreto, que na verdade não esconde muito bem um comportamento obsessivo, é uma experiência fantabulosa.
Frederick, que, se você não percebeu, não é bem a pessoa mais sociável do mundo, decide que Miranda deve ser parte de sua coleção. O plano? Raptá-la, claro! E assim, em um golpe de mestre que tornaria qualquer roteiro de filme de terror bem-sucedido, ele sequestra a jovem e a mantém em sua propriedade, em um armazém, como se fosse uma obra de arte que precisa de preservação. Em sua cabeça, isso é tudo parte de um romântico entendimento entre dois amantes - spoiler alert: não é.
Agora, enquanto Miranda tenta não enlouquecer e se pergunta se sua vida virará um filme B de terror, Frederick se vê lutando contra suas próprias neuroses sociais. O pobre coitado, que não consegue dialogar nem com um guarda-chuva, agora tem que lidar com uma mulher que, claro, não está nem um pouco interessada em sua "coleção". Aqui, Fowles começa a explorar temas como a obsessão, a solidão e, de quebra, a dinâmica de poder entre sequestrador e sequestrado.
E você deve estar se perguntando: o que pretende Frederick com isso? O amor? O controle? Um Instagram com fotos de um relacionamento dos sonhos? Bom, cada um tem suas motivações, não é mesmo? A narrativa não somente apresenta esses dois personagens, mas também provoca o leitor a refletir sobre o que é o amor, a liberdade e, principalmente, a sanidade.
Conforme a história avança, Fowles troca narradores e os pontos de vista, permitindo que você veja o caos da cabeça de Frederick e as tentativas de Miranda de escapar dessa situação inusitada. É uma dança macabra que mantém os leitores na pontinha da cadeira, pensando se tudo aquilo vai acabar em "felizes para sempre" ou em um "nunca mais vou olhar para a grama verde da mesma forma".
No final, o que fica é uma reflexão de que a vida pode ser tão bizarra quanto um filme de terror psicológico. Quando você achar que já viu de tudo, lembre-se do pobre Frederick, que sonhava em colecionar borboletas e acabou colecionando problemas e um certo... tiski-tiski. Então, fica a sua escolha: você prefere colecionar arte ou drama? Spoiler: ambos podem acabar com você em terapia!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.