Resumo de Teatro do oprimido: raízes e asas - Uma teoria da práxis, de Barbara Santos
Mergulhe na crítica social e na teoria da práxis em 'Teatro do Oprimido: raízes e asas' de Barbara Santos. Transforme seu olhar sobre o teatro e a opressão.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que Teatro do Oprimido: raízes e asas é apenas um mero compêndio de técnicas teatrais, prepare-se para uma viagem que poderia ser um espetáculo de teatro absurdista! Barbara Santos, a autora e uma figura central no mundo do teatro, não está aqui para brincar - a menos que a brincadeira envolva criticar a opressão, é claro.
O livro, com suas mais de 500 páginas (não se preocupe, ainda não chegamos na parte do "se você leu até aqui, pode ganhar um prêmio"), apresenta a teoria da práxis, que é, segundo Barbara, mais do que apenas um conceito filosófico: é a chave para transformar o teatro em uma ferramenta de emancipação. Imagine a peça "Esperando Godot", mas em vez de esperar por Deus, os personagens esperam a libertação de suas opressões. A tragédia é real, e a esperança também.
No primeiro ato (afinal, tudo nesse livro parece ser um ato teatral), ela nos leva a uma reflexão profunda sobre as origens do teatro do oprimido, originado pelo teatrólogo Augusto Boal. Um true story: Boal começou sua jornada ao perceber que a arte poderia ser uma arma poderosa contra a opressão, e não uma simples forma de Entretenimento. Santos abraça essa ideia com uma paixão contagiante, acrescentando suas próprias experiências e ensinamentos.
À medida que você se aprofunda na leitura, Barbara compartilha a mágica que ocorre quando o teatro se transforma em diálogo coletivo. Espere por muitos exemplos práticos e reflexões que fazem você sentir que está assistindo a uma peça ao invés de apenas folheando um livro. Se você achou que teatro era só assistir de braços cruzados, prepare-se para sentir a pressão de estar na plateia e no palco ao mesmo tempo!
E, spoiler alert aqui - sim, há drama e reviravoltas! O que parece um livro simples sobre teatro se revela um convite à ação. Santos não deixa nada de lado: discussões sobre identidade, gênero, raça, e a luta constante por espaços de vozes diversas se entrelaçam com as práticas teatrais. É como se cada página fosse uma chamada para nos tornarmos protagonistas em nossas próprias histórias. Se você não sair da leitura com vontade de agir e protestar, provavelmente leu na posição errada do sofá.
Além disso, o texto é repleto de metáforas e referências que tornam a leitura leve, apesar da profundidade dos temas. Santos faz a mágica de combinar teoria e prática como se estivesse em uma sessão de improvisação, o que afasta qualquer ideia de que a teoria é chata - na verdade, é tudo uma questão de atuação e de como ser o melhor personagem em sua própria vida.
Por fim, Teatro do oprimido: raízes e asas pode ser o empurrão que você estava procurando para dar voz às suas frustrações, dúvidas e revoltas. Um lembrete poderoso de que o teatro não é apenas um lugar para gritar, dançar e chorar; é um espaço de transformação social e resiliência. E se você não se sentir tocado pela história de luta e libertação, talvez seja hora de reavaliar quais tipos de peças você tem assistido. Afinal, todo mundo pode ser um oprimido em sua própria história, e quem melhor para lhe ajudar a ascender a outros níveis do que a imbatível Barbara Santos?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.