Teatro do oprimido
Raízes e asas - Uma teoria da práxis
Barbara Santos
RESENHA

Teatro do oprimido: raízes e asas - Uma teoria da práxis é muito mais do que uma mera análise do teatro; é um chamado visceral à reflexão e à ação. Barbara Santos nos convida a adentrar um universo onde a arte se torna um instrumento poderoso de resistência e transformação social. Neste livro, a autora não só expõe as bases de uma prática teatral revolucionária, mas catapulta o leitor para uma realidade onde a opressão se torna teatro e o teatro ganha forma de opressão. 🎭
Ao longo de 532 páginas de um conteúdo denso e vibrante, Santos desmonta a chantagem da passividade e convoca cada um de nós a assumir um papel ativo na luta contra as desigualdades. O teatro, neste contexto, não é mais uma mera forma de entretenimento; ele se transforma em um espelho da sociedade opressiva que habitamos. Aqui, a arte é o grito sufocado dos marginalizados, um baluarte contra a indiferença que, muitas vezes, nos torna cúmplices de injustiças. 🌪
Barbara Santos tece uma conexão visceral entre teoria e prática, proporcionando uma poderosa reflexão sobre as raízes do teatro do oprimido. 🌱 Desde a sua origem, passando por figuras emblemáticas que moldaram esse movimento, até suas ramificações contemporâneas, ela nos faz sentir, ouvir e ver a importância irrestrita de empoderar os oprimidos por meio da criação artística. Ao pegar nas mãos esse livro, você se vê obrigado a confrontar suas próprias convicções e a atmosfera que a rodeia.
Os leitores têm sido unânimes em suas reações: enquanto muitos se classificam como fervorosos admiradores dessa obra, outros a criticam por sua abordagem direta e desafiadora. Há quem sinta que Santos mergulha fundo demais na crítica estrutural e econômica, em vez de permitir um espaço para a leveza que muitos esperam da arte. Contudo, não é a leveza que nos liberta; é o desconforto que nos faz questionar. Essa é, sem dúvida, a magia desse livro.
Vários leitores relatam momentos de epifania durante a leitura, com um sentimento latente de que estão sendo chamados à ação. Afinal, se a arte não tem o poder de nos transformar, que tipo de arte é essa? Ao refletir sobre a obra, é impossível não se perguntar quantos movimentos sociais foram fundamentados na necessidade de expressar a dor e a resiliência coletivas. Santos se torna, assim, não apenas uma autora, mas uma mentora invisível, guiando o leitor por um caminho de autodescoberta e potencial.
Em tempos onde a luta por justiça social se faz ainda mais pertinente, Teatro do oprimido: raízes e asas - Uma teoria da práxis sorri para nós como uma lanterna em um caminho escuro, iluminando as sombras de uma realidade que não podemos mais ignorar. 💡 Ao concluir a leitura, fica a certeza de que, não importa qual seja o papel que você desempenha, as palavras de Barbara Santos são um chamado à ação, uma incitação ao desapego e, principalmente, um convite para que você abra suas asas e descubra a força que possui.
A transformação não acontece no silêncio e na inação, mas na audácia de transformar cada cena de nossas vidas em um poderoso ato de resistência. E você, está pronto para subir ao palco?
📖 Teatro do oprimido: raízes e asas - Uma teoria da práxis
✍ by Barbara Santos
🧾 532 páginas
2015
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