Resumo de Cinema 2: A imagem-tempo, de Gilles Deleuze
Mergulhe na análise filosófica de Deleuze em 'Cinema 2: A imagem-tempo' e descubra como o cinema transforma a percepção do tempo.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se, porque em "Cinema 2: A imagem-tempo", o filósofo e teórico do cinema Gilles Deleuze nos leva a uma jornada cinematográfica que é, no mínimo, como tentar entender sua avó tentando usar um smartphone pela primeira vez. A obra é uma sequência do seu primeiro livro sobre cinema, onde Gilles continua a dissertar sobre suas ideias de como a sétima arte não só captura o tempo, mas também o transforma em uma experiência filosófica - sim, sua avó definitivamente não iria entender.
Deleuze divide o cinema em duas grandes categorias: imagem-movimento e imagem-tempo. A primeira, que ele aborda no primeiro volume, se concentra na ação e na narrativa; já a segunda, seu foco aqui, explora as questões do tempo e da percepção. Quer um spoiler? O tempo não é um vilão aqui, mas uma ferramenta essencial para a construção da narrativa.
Ao longo do livro, Deleuze faz uma análise detalhada de obras de diretores como Bresson, Fellini, Hitchcock e Godard. Não se preocupe, não é uma análise chata e acadêmica! Ele utiliza esses diretores como exemplos para exemplificar como o cinema pode criar um novo tipo de imagem, que transcende a simples representação da realidade. Nas palavras do filósofo, essas novas imagens são "imagens-tempo", que divergem do convencional para explorar a subjetividade e o que realmente significa "ver" no cinema.
Enquanto lê, você se depara com conceitos como "imagens de tempo", que são basicamente aquelas cenas que fazem você parar e refletir, enquanto às vezes quer gritar "o que aconteceu aqui?" para a tela. É o tipo de reflexão que pode fazer você se sentir mais profundo do que um copo d'água.
Um exemplo clássico que Deleuze traz é o do "tempo suspenso", onde a narrativa é quebrada e a atenção do espectador é direcionada para momentos específicos, como se o tempo fosse colocado em pausa. Isso está mais para aquelas cenas de filme que parecem eternas, onde tudo poderia acontecer, mas no final só resulta em você segurando a pipoca e esperando que os créditos subam.
Além disso, a obra também discute a noção de "cinema como filosofia", desafiando as convenções sobre o que o cinema pode ou não ser. Porque, vamos combinar, se qualquer um pode chamar algo de arte, você também pode chamar aqueles vídeos de gatinhos no YouTube de filosofia moderna, certo?
Porém, não se engane, caros leitores! O caminho que Deleuze traça não é das mais fáceis, e o uso de jargões filosóficos pode fazer você sentir como se estivesse tentando montar um móvel do IKEA sem o manual. Mas, no fim, a sua paciência será recompensada com novas formas de ver o cinema e a própria temporalidade.
Resumindo tudo como se fosse um trailer de filme: "Cinema 2: A imagem-tempo" é uma viagem filosófica única que questiona como o cinema representa e manipula o tempo, usando exemplos práticos que fazem você querer correr para a locadora - ops, quem ainda vai na locadora? - e reassistir aqueles clássicos que você ama, mas agora com um olhar crítico digno de um filósofo.
Aproveite essa leitura, mas não venha me falar que não te avisei sobre o desafio, hein? É como esperar que "A Nova Onda do Imperador" tenha um final mais linear. Boa sorte!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.