Cinema 2
A imagem-tempo
Gilles Deleuze
RESENHA

Cinema 2: A imagem-tempo de Gilles Deleuze não é apenas uma obra; é um convite a uma viagem eletrizante pelas entranhas do cinema, onde o tempo se desdobra em um labirinto de imagens e significados. Deleuze, filósofo que se tornou um ícone de referências cinematográficas, descortina a sétima arte de uma forma que vai muito além do mero entretenimento. É um tapa na cara da superficialidade tão comum em debates sobre cinema, levando-nos a uma reflexão profunda e inquietante sobre como as imagens moldam nossas percepções e experiências.
Neste livro, Deleuze discute a transição da imagem-movimento para a imagem-tempo, uma mudança que não é apenas técnica, mas filosófica. Ele provoca a sua mente a enxergar o cinema sob uma nova luz, onde o tempo não é um mero registro cronológico, mas um elemento que se entrelaça na narrativa, tornando-se parte essencial da experiência cinematográfica. As imagens não são apenas representações; são organismos vivos que respiram, sentem e nos ajudam a sentir.
A narrativa de Cinema 2 é uma montanha-russa que faz seu coração disparar. Nesse texto, o autor não poupa esforços para desafiar todas as convenções que você conhece sobre o que um filme deve ser. Ao invés de simplesmente debater o enredo ou o desempenho dos atores, Deleuze se aprofunda em como cada fotograma pode ser uma porta para a compreensão do tempo e da memória, despertando em você emoções esquecidas. Você se verá preso na tela, quase como um espectador de sua própria vida, refletindo sobre o que é real e o que é construção.
Opiniões divididas surgem em relação a este livro; alguns o consideram uma obra-prima que deve ser lida por todos que se dizem amantes do cinema, enquanto outros o acham denso e até inacessível. Mas a beleza dessa obra está em sua ousadia. Não é um livro para ser lido de forma casual; é um filete de pensamento que pode abrir os olhos e expandir sua visão de mundo. Aqueles que se atrevem a mergulhar nas páginas de Deleuze podem, de fato, descobrir um novo horizonte, onde o cinema não é apenas uma forma de arte, mas uma experiência existencial.
E o que dizer do impacto dessa obra? Pense em diretores como David Lynch e Jean-Luc Godard, cujas criações desafiam a linearidade da narrativa. Eles foram profundamente influenciados pelas ideias de Deleuze, revelando como a filosofia pode regenerar a arte. Nessa dança entre cinema e filosofia, você é convidado a mudar sua mentalidade, a sair da caixa e a questionar tudo o que já pensou sobre o que um filme pode ser.
Cinema 2: A imagem-tempo não é uma leitura leve, é um desafio que vai fazer você balançar as emoções como uma folha ao vento. Ao fechar o livro, você não será o mesmo. O cinema se tornará um espaço de reflexão, uma janela para o que é possível e, mais importante, um espelho para o seu interior. Este não é só um livro; é uma experiência que o apressa a ver o mundo com novos olhos. 🌀✨️
📖 Cinema 2: A imagem-tempo
✍ by Gilles Deleuze
🧾 424 páginas
2018
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