Resumo de Bartleby, o escrevente: Uma história de Wall Street, de Herman Melville
Entenda a crítica à alienação do trabalho em 'Bartleby, o escrevente'. Uma reflexão sobre a resistência e o silêncio na sociedade contemporânea.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Bartleby, o escrevente! Um clássico da literatura que nos faz refletir se o verdadeiro trabalho está em se submeter ao tédio da rotina ou se está em achar maneiras criativas de dizer "não, obrigado". Herman Melville, em sua obra mais famosa (perdoe-nos, Moby Dick), nos apresenta Bartleby, um personagem que se recusa a se encaixar no esquema. E quando eu digo "recusa", é um "recusa" escandaloso, digno de aplausos cômicos.
A história começa com um advogado que, às vezes, se comporta como um personagem saído das tirinhas de desenho animado - sempre correndo para atender seus clientes, mas, no fundo, ele é só mais um engrenagem dessa grande máquina que é Wall Street. Ele contrata Bartleby, um escriba que, a princípio, parece o funcionário dos sonhos: silencioso, competentes e dedicado. Mas logo o nosso querido advogado descobre que Bartleby não é só um simples escribente: ele é um escrevente do "não".
Enquanto o advogado está lá, digitando feliz da vida, Bartleby começa a executar suas tarefas. Porém, após um tempo, nosso amigo se torna conhecido por uma frase que o tornará lendário: "Prefiro não fazer". Um brinde à passividade! Ele fica cada vez mais isolado e começa a recusar qualquer tipo de pedido, garantindo que o advogado se sinta cada vez mais perplexo e impotente. O advogado tenta convencê-lo, chorar, gritar, e até mesmo apelar para a lógica. Mas Bartleby, em sua genialidade, simplesmente se recusa.
Quando o chefe tenta mudar de escritório para escapar da situação constrangedora, Bartleby o segue. O homem não consegue se livrar dele! E é nesse momento que o leitor pergunta: até onde vai a persistência de um ser humano ou a incapacidade de lidar com a vida? Bartleby tornou-se mais do que um simples funcionário: ele é um ícone da resistência ao sistema, uma espécie de anti-herói moderno.
Depois de algumas situações desconfortáveis e tentativas frustradas de lidar com Bartleby, nosso advogado decide buscar um novo espaço. Mas Bartleby, em sua aura enigmática de heroísmo passivo, é deixado para trás. A história dá uma virada dramática quando ele é encontrado em uma situação sombria, que nos revela o quão solitário ele realmente estava. Spoiler Alert! No clímax melancólico, Bartleby acaba em uma prisão, não porque tenha cometido um crime, mas por simplesmente não seguir as regras da sociedade. E para completar, o infeliz se recusa a comer.
Herman Melville nos oferece, através de Bartleby, uma crítica ao capitalismo e à alienação que ele provoca. É uma forma de dizer que, às vezes, precisamos parar e perguntar a nós mesmos se realmente queremos estar nesse ciclo frenético. Enquanto o mundo gira, Bartleby nos convida a refletir sobre o que significa ser produtivo, e se realmente precisamos seguir o fluxo ou se devemos ser mais como ele: anti-sociais, mas extremamente sábios em sua escolha de não participar da dança frenética da vida urbana.
No final, Bartleby não é só um escrevente; ele é um símbolo do silêncio e da resistência, o grito mudo de uma geração que decidiu não se deixar levar pelo ritmo acelerado da sociedade. E o que fica para nós? Um insight profundo, e talvez, a ideia de que, às vezes, um "prefiro não fazer" pode ser a melhor resposta. Bravo, Bartleby, bravo!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.