Resumo de Como ser as duas coisas, de Ali Smith
Mergulhe na complexidade de 'Como ser as duas coisas' de Ali Smith e descubra como navegar entre identidades e escolhas de forma cativante.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se pegou imaginando como seria a vida se pudesse estar em dois lugares ao mesmo tempo, ou talvez se tivesse que ser dois tipos de pessoa (e se, sei lá, você pudesse ser um super-herói e um contador chato de história, tudo ao mesmo tempo?), então Como ser as duas coisas, da Ali Smith, foi escrito para você! Este livro é um exercício de criatividade que interage com assuntos clássicos e contemporâneos de uma forma que só a talentosa autora britânica consegue.
A obra segue duas narrativas paralelas que meio que se entrelaçam, mas, como em um bom filme de comédia romântica, você vai precisar de paciência até que tudo comece a fazer sentido. Vamos lá, não sejam apressados! A autora nos apresenta as histórias de H. e o jovem protagonista que se destaca através do tempo e do espaço - sim, tem viagem no tempo, mas não o tipo que envolve DeLorean, e sim algo mais sutil. De fato, a leitura é quase como tomar um chá da tarde em uma sala cheia de pessoas que se conhecem, mas que você está se esforçando para lembrar os nomes. Confuso? Exatamente!
Agora, a magistra Ali vai intercalando as vidas dos dois personagens, fazendo um bonito (ou seria confuso?) vai e vem entre o presente e o passado. Às vezes, sentimos que precisamos anotar as datas e eventos, como se fosse um episódio daquela série que você ainda não entendeu. Uma hora você está em um café onde H. está definindo sua identidade e a próxima já é uma viagem ao passado, onde um tipo de história diferente está se desenrolando.
Spoiler Alert! É importante destacar que o livro não se preocupa tanto com um enredo linear. Em vez disso, nos leva a reflexões matutas sobre questões de vida, carreira, experiências e o tal "tornar-se". Ao final, H. se torna uma espécia de representação de todas as experiências que coletamos, enquanto o jovem protagonista nos ensina que é possível ser várias coisas, mesmo que em diversos momentos, e não precisa escolher um único caminho. Tipo aquelas balas que vêm com variações de sabores, só que aqui é tudo sobre como navegar na vida e nas suas escolhas.
Ali também não se furta de falar sobre contatos humanos, a fragilidade das relações, a arte, a literatura e, claro, a pressão de ser uma "pessoa completa" na sociedade. E tudo isso com um toque de humor, uma pitada de drama e a sabedoria que só quem sabe desenvolver personagens com nuances consegue fazer.
Por fim, se você está pronto para uma leitura instigante, que mistura o velho e o novo e ainda provoca reflexões sobre identidade e escolhas, então Como ser as duas coisas é a sua escolha perfeita. Lembre-se de anotar as datas, raciocinar e, quem sabe, no final, você encontre sua própria resposta a essa curiosa pergunta: como é possível ser tudo ao mesmo tempo?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.