Resumo de A duração da pessoa: Mobilidade, parentesco e xamanismo mbya (guarani), de Elizabeth Pissolato
Mergulhe no universo dos Guarani Mbya com o resumo de 'A duração da pessoa' de Elizabeth Pissolato. Descubra a conexão entre mobilidade e xamanismo!
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem etnográfica que mais parece um passeio por um parque temático indígena - mas sem a necessidade de fila e com direito a uma boa dose de aprendizado. Em A duração da pessoa: Mobilidade, parentesco e xamanismo mbya, a antropóloga Elizabeth Pissolato nos leva a conhecer os Guarani Mbya, uma tribo recheada de tradições, crenças e, acredite, um xamanismo que dá um show em muito tarólogo por aí!
Aqui, o foco é a mobilidade e as relações de parentesco, mas não pense que estamos falando daquela mobilidade chique de quem vive em São Paulo e corre na Marginal. Para os Mbya, a mobilidade é parte da identidade e espiritualidade, cheia de nuances e significados. Ou seja, nada de simples "bate e volta" para o centro da cidade. A relação deles com o espaço é fluida e conectada com suas práticas xamânicas, o que já garante um roteiro fascinante.
Logo de cara, Pissolato nos apresenta os conceitos de "duração" e "pessoa". Para os Guarani, a noção de pessoa vai muito além do que a gente, ocidental, está acostumado a pensar. Aqui, a essência do ser está relacionada ao seu pertencimento a uma rede de relações, onde cada laço familiar é um fio que entrelaça a tapeçaria social. E, claro, tem xamanismo no meio! Os rituais são parte vital dessa estrutura, ajudando a manter a galera conectada ao mundo espiritual e às suas tradições ancestrais.
Ao longo da obra, somos convidados a observar como os Mbya veem o mundo ao seu redor e como suas práticas culturais se entrelaçam com a forma como se movem neste mundo. Afinal, quem precisa de GPS, não é mesmo? Eles têm rituais, histórias de vida e sabedorias que orientam suas jornadas. E não se esqueça: as relações de parentesco entre eles não são só de sangue, mas são também de espírito, o que transforma um simples jantar em um verdadeiro banquete de interconexões e significados.
Agora, vamos ao que poderia ser um pequeno spoiler (opa!). Em um determinado momento, a autora, com sua maestria descritiva, nos revela que essas relações e mobilidades não estão apenas no plano físico, mas se estendem ao campo espiritual e cósmico. Assim, os Mbya não apenas transitam entre os locais, mas também entre mundos, com seus xamãs fazendo o papel de guias interdimensionais, como se estivesse tudo perfeitamente encaixado em uma grande aventura épica.
Pissolato faz um trabalho primoroso ao reunir dados empíricos e reflexões profundas, fazendo deste livro uma leitura essencial para quem deseja entender mais sobre a riqueza cultural indígena e, de quebra, sair do senso comum. Fica aqui a dica: não é porque você está lendo sobre mobilidade e parentesco que isso se limita ao transporte público e seu tio distante que só aparece em festas de família. Este livro é uma aula sobre como a vida se entrelaça em todos os seus aspectos.
Para encerrar, sempre vale a pena lembrar que não se deve subestimar a complexidade das relações humanas e espirituais, como demonstrado neste texto fascinante de Elizabeth Pissolato. Então, se você estiver pensando que conhece tudo sobre a cultura Mbya apenas pela novela das 9, é melhor dar uma assoprada nos preconceitos e mergulhar de cabeça nesta leitura!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.