Resumo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
Mergulhe no humor e nas críticas de Brás Cubas em Memórias Póstumas. Descubra como Machado de Assis transforma a morte em uma comédia irônica.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Prepare-se, caro leitor, para uma viagem aos meandros da mente de um defunto muito ativo! Memórias Póstumas de Brás Cubas, do mestre Machado de Assis, é uma obra que desafia a lógica e a linearidade da vida (ou da morte, no caso do protagonista). Publicada em 1881, esta narrativa apresenta Brás Cubas, um falecido muito mais esperto que muitos vivos por aí, abrindo o jogo sobre sua existência e as horrores da sociedade brasileira do século XIX.
Assim que começamos a leitura, já somos transportados para o crematório da vida de Brás, que, após uma morte dignamente pomposa (spoiler: ele não é lá muito autocompasivo!), decide contar suas experiências de forma bem humorada, quase como um stand-up do além. Ele não se constrange em expor suas frustrações e as idiotices que rodearam sua vida - e, claro, o que não faltam são críticas a uma sociedade que valoriza mais a aparência do que a essência.
Brás Cubas, um dos protagonistas mais icônicos da literatura nacional, vem de uma rica família - e sim, ele também é um típico herdeiro roendo as unhas por não ter descoberto um propósito maior. Mesmo após a morte, ele não encontra paz e se dedica a desvendar suas memórias, contando desde seus amores frustrados (só para variar) até suas tentativas de se destacar em uma sociedade que se move com mais dissimulação que sinceridade.
Vamos direto ao ponto: ele se apaixona por uma moça chamada Virgília. E que amor! Apesar de ser um amor não correspondido e repleto de desencontros e desilusões, Brás se embrenha em um romance que só falta ser um drama de novela. E quem nunca? O drama do amor não correspondido é quase universal. E, por favor, não se deixe enganar pelo nome: Virgília é a famosa amante que representa a hipocrisia da sociedade, dando aquele gostinho de "tudo que é belo é complicado".
Ao longo de suas memórias, Brás também se dedica a criticar a política, a religião e as relações sociais da época. Em um passeio descontraído pelo Paris da época, ele se permite a um sarcasmo que faria qualquer comediante de stand-up se sentir orgulhoso. Machado de Assis utiliza esse tom irônico para expor as mazelas da sociedade e questionar a hipocrisia ao nosso redor, deixando claro que, até após a morte, a vida é uma comédia de erros (com um toque de tragédia).
Mas não se esqueça: enquanto você lê, Brás faz questão de te lembrar que tudo isso é uma ilusão - e que no final das contas, todos somos só poeira estelar sonhando em ser algo mais.
Spoilers à parte, a obra é um verdadeiro carnaval de ideias, representações e uma crítica mordaz à sociedade que até hoje continua relevante. Memórias Póstumas de Brás Cubas é um clássico que, com seu humor e fatos insólitos, transformou a literatura brasileira, mostrando que, mesmo mortos, as pessoas podem sim falar o que pensam - e muito bem.
Então, se você ainda não leu, não se preocupe. Brás, com seu espírito vivaz e uma pitada de ironia, vai te guiar pelos seus delírios e reflexões de maneira divertida e cativante. O que podemos tirar disso tudo? Que a vida, ou melhor, a morte, é uma comédia - e quem não rir disso, que fique na tristeza.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.