Resumo de Cândido ou o otimismo, de Voltaire

Embarque na irônica jornada de Cândido, o otimista que descobre as desilusões da vida em 'Cândido ou o otimismo', de Voltaire. Uma reflexão cômica e profunda.

Se você está em uma busca incessante por explicações para os absurdos da vida, "Cândido ou o otimismo" do grande Voltaire é o seu manual de como tomar um soco na cara da realidade e ainda sair dizendo "pelo menos poderia ser pior"! Vamos lá, prepare-se para uma viagem cheia de ironia e desencanto.

A história começa com Cândido, um jovem ingênuo e otimista que vive em um castelo nas montanhas da Westfália. Ele foi educado pelo filósofo Pangloss, que, em seu estilo típico de otimismo contagiante, acredita que tudo o que acontece é para melhor. Ou seja, se o céu cair sobre nossas cabeças, é só a natureza fazendo algo maravilhoso. E Cândido? Bem, ele tira essa filosofia como regra de vida, até que a vida decide dar uma chacoalhada no nosso amigo.

Após ser expulso do castelo por dar uns amassos na bela Cunégonde - a donzela mais desejada e complicada do pedaço -, Cândido inicia sua jornada tragicômica pelo mundo. Ele descobre que a vida não é um mar de rosas, mas um campo minado de tragédias. O que se segue é uma série de desventuras que incluem guerra, naufrágios, escravidão e até uma visita ao famoso "mundo das ideias", onde você vê que sua filosofia estava mais errada que uma previsão do tempo.

Durante suas peripecias, Cândido se depara com várias figuras emblemáticas que também têm suas visões de mundo. Um dos encontros mais marcantes é com um anabatista que, na sua sabedoria, recomenda que Cândido dê uma pausa no seu otimismo e enfrente a realidade como ela realmente é - um prato cheio de fossa e poucos acompanhamentos de felicidade.

No caminho, ele se vê cercado de personagens que te desafiam a acreditar (ou não) na famosa frase do Pangloss: "tudo é para o melhor no melhor dos mundos possíveis". Cândido, cada vez mais machucado e desiludido, começa a perceber que viver em um estado de constante otimismo não é apenas ingênuo, mas beira o ridículo diante das situações horrendas pelas quais ele passa.

Claro que você deve estar se perguntando: "Mas e a Cunégonde?!" Ah, meu caro leitor, spoiler alert: depois de tanta desventura, quando Cândido finalmente reencontra seu grande amor, a jovem não estava lá tão perfeita quanto nos sonhos dele. A vida, como sempre, dá suas reviravoltas.

Ao final dessa viagem pela lógica do absurdo, Voltaire nos presenteia com uma lição poderosa: a solução para todos os problemas do mundo é bastante simples. No último ato do livro, Cândido nos brinda com a famosa frase "temos que cultivar nosso jardim". Em bom português, isso significa que, em vez de ficar esperando que as coisas melhorem de forma mágica, talvez seja mais sensato arregaçar as mangas e fazer a diferença na sua própria vida.

E assim conclui-se a saga de Cândido. Um retrato cômico das desilusões humanas e um grito de alerta para aqueles que acreditam em finais felizes sem trabalho duro (ou sem uma boa dose de realismo por trás). No fim das contas, o que Voltaire realmente quer nos dizer é que, mesmo quando tudo parece absurdo, é melhor saber plantar cenouras do que esperar que a vida faça o serviço por você. Então, que tal começar a cultivar seu jardim também?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.