Resumo de Tamborzão: Olhares Sobre a Criminalização do Funk, de Adriana Facina
Reflita sobre a criminalização do funk com o livro 'Tamborzão' de Adriana Facina, que explora a resistência cultural e os preconceitos enraizados na sociedade.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Em Tamborzão: Olhares Sobre a Criminalização do Funk, a autora Adriana Facina traz à tona a discussão sobre a criminalização do funk, um gênero musical que faz a alegria (ou o desespero) da galera, especialmente nas periferias. O livro se propõe a analisar como esse estilo cultural, que é pura expressão da juventude, acaba caindo na rede da repressão e do preconceito. E, claro, tudo isso com aquele tempero que só a criminologia de cordel pode oferecer!
O título já dá um spoiler do que está por vir: o funk é encarado como um "tamborzão", mas não só aquele bem afinado que rola nas festas. Estamos falando do tambor que ecoa as vozes de jovens marginalizados, sujeitos a uma vigilância excessiva e muitas vezes injusta. A autora faz uma verdadeira viagem por esse universo, contando como a música e a cultura do funk são sistematicamente criminalizadas, muitas vezes sem motivo aparente, ou melhor, por motivos bem rasos, como "não se encaixar em padrões sociais aceitáveis".
Facina se dispõe a investigar a criminalização do funk a partir de diferentes perspectivas. Ela não perde tempo e traz à tona casos, relatos e análises que mostram a transformação do funk em um "inimigo público". O que antes era visto como uma forma legítima de resistência cultural, se transforma em sinônimo de criminalidade. Um verdadeiro paradoxo que deixa qualquer um coçando a cabeça!
Ao longo das páginas, a autora apresenta a relação entre o funk e a violência policial, mostrando como os jovens que dançam e se divertem na batida do tambor também são reféns de uma política de Estado que não os considera parte integrante da sociedade. Pobreza? Aqui não interessa! O que importa é a batida, e que se dane o resto! Isso é só um detalhe na narrativa de repressão e controle.
Outro ponto interessante no livro é o uso de linguagem acessível, cheio de rimas e ritmos que lembram o próprio funk. Facina emula as letras de funk, trazendo uma crítica social que se transforma em poesia. Afinal, quem disse que criminologia não pode ser divertida? E que tal usar o cordel (um estilo de poesia popular) para atrair leitores e transformar uma temática pesada numa reflexão leve e crítica? Formidável!
E se você acha que estamos apenas falando de teoria, engana-se! Adriana também se debruça sobre a resistência dos artistas e das comunidades, mostrando que, por mais que se tente apagar o funk, ele sempre dá um jeito de rebolar e se reinventar. Assim como a vida, não é mesmo? Se a batida não para, quem somos nós para tentar parar?
Agora, para aqueles que estão ansiosos por spoilers, aqui vai um: o funk não está morto, e definitivamente não vai se deixar calar tão cedo! Ao final, o livro deixa claro que o importante é o respeito à cultura, ao protagonismo dos jovens e a luta contra a estigmatização. E se você pensa que o funk é só barulho, talvez esteja sobrando um tambor na sua vida!
Em suma, Tamborzão: Olhares Sobre a Criminalização do Funk é uma leitura que nos faz refletir sobre os preconceitos enraizados na sociedade e na força da cultura popular em tempos de repressão. Se você ainda não leu, está na hora de dar uma chance a essa voz que ecoa forte e claro na batida dos corações jovens. E quem sabe, até rolar aquela festinha!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.