Resumo de Leviatã: Matéria, palavra e poder de uma República eclesiástica e civil, de Thomas Hobbes
Mergulhe nas intrincadas ideias de Thomas Hobbes em Leviatã. Entenda como a política, poder e religião se entrelaçam em um mundo de caos ordenado.
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Se você acha que a política é complicada, espere até ler Leviatã de Thomas Hobbes! Neste tratado que mais parece um cruzamento entre um manual de instruções para entender as turbulências da vida e uma aula de filosofia da política, o autor nos joga de cara em um mundo de ideias que são, no mínimo, intrigantes.
Vamos começar pelo conceito de Leviatã, que, segundo Hobbes, não é um animal marinho do tamanho de uma cidade, mas sim uma metáfora para um Estado poderoso. Imagine um monstro que precisa de braços e pernas (ou melhor, regras e leis) para funcionar. É assim que Hobbes vê o governo: um ser artificial, criado para manter a ordem e evitar que a humanidade entre em um estado de guerra de todos contra todos. Ou seja, sem esse tal "Leviatã", o mundo seria uma verdadeira animação de guerra onde todo mundo estaria tentando se comer como se fossem dindins em um dia quente de verão.
Hobbes começa o livro deixando claro que os seres humanos, em sua essência, não são tão bonzinhos assim. Ele os descreve com um charme digno de um dramático: egoístas, sedentos de poder e sempre prontos para o trono da desordem. O autor acredita que, em um estado natural, as pessoas agiriam como bestas, e a vida seria "solitária, pobre, desagradável, bruta e curta". Um passeio pelo zoológico é muito mais aprazível do que coexistir com os outros, segundo o filósofo.
A solução que Hobbes sugere? Um contrato social. Nesta jogada, as pessoas abrem mão de algumas de suas liberdades em troca de segurança e ordem. O Estado, representado pelo Leviatã, então, assume o papel de um super-herói - mas lembre-se: não é um herói qualquer. Esse "herói" deve ter o poder suficiente para manter a paz, mesmo que isso signifique ser um tanto tirano. Pois, se não existir um poder central forte, todos sabemos que a anarquia vai rolar solta e a humanidade vai acabar cantando "all we are saying is give peace a chance" na correria.
Hobbes também dedica um tempinho para discutir a relação entre a religião e o Estado. Para ele, a Igreja não pode ser uma superpotência que faça sombra ao Leviatã. Ou seja, se o Estado é o chefão, a Igreja não pode ficar fazendo bico ou dando palpite. É uma relação de poder que ele considera crucial para manter a paz e a segurança. Spoiler alert: na visão de Hobbes, a separação entre política e religião é tanto necessária quanto complicada, e ele não achava que o projeto daria certo se não houvesse alguém bem no topo.
O livro se passa em um tom bem sistemático, com Hobbes apresentando sua linguagem florida e conceitos que até o mais perspicaz dos leitores pode achar confusos em alguns momentos. Mas não se engane! O que parece, à primeira vista, um texto do século XVII, carrega lições e reflexões sobre o poder, a governança e a natureza humana que ainda fazem a gente pensar hoje em dia. No fundo, Hobbes estava apenas tentando fornecer uma solução para manter o ser humano menos "bruto" - e isso é algo que dá um certo alívio, não é mesmo?
Então, Leviatã é um convite ao caos ordenado. É o lembrete de que sem um Estado forte, a civilização pode rapidamente se descontrolar. E, claro, sempre tenha em mente que a vida sob o olhar do Leviatã não é perfeita, mas se não tem como fugir dele. que venha a ordem!
Agora que você já sabe um pouco sobre o que Leviatã traz, está pronto para discutir esses conceitos com seus amigos em um café ou, quem sabe, em uma aula online sobre filosofia política. E, acredite, vai ser um ótimo papo - mesmo que você só conheça a ideia por meio de um resumo debochado!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.