Resumo de Os Sertões, de Euclides da Cunha
Mergulhe em 'Os Sertões' de Euclides da Cunha e descubra a intensa luta, a terra árida e a rica diversidade do sertão brasileiro.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Vamos lá, pessoal! Preparem-se para uma viagem ao sertão brasileiro sem aquele glamour de novela das seis, porque "Os Sertões", do grande Euclides da Cunha, é bem mais do que isso. O livro é uma mistura de crônica, ensaio sociológico e um tanto de reportagem, resultando em um caldo cultural que dá uma boa ideia de como era (e é) a vida em uma das regiões mais secas e quentes do Brasil.
Na primeira parte, chamada "A Terra", Euclides apresenta o sertão como um lugar hostil, quase um vilão na história. Ele descreve como a geografia e o clima moldam as gentes e as misérias da região. Com um estilo quase poético, o autor fala sobre a aridez do solo, as secas e a incapacidade de produção agrícola que faz com que muitos sertanejos vivam similar a camelos, ou seja, eles precisam se adaptar muito para sobreviver. Aqui, fica claro que o sertão é mais do que um lugar; é um verdadeiro personagem da narrativa.
Na segunda parte, "O Homem", o autor faz um furdunço e nos apresenta os habitantes do sertão. E adivinha? O povo sertanejo é tão complexo quanto o próprio Euclides queria que suas ideias fossem. Ele discute a formação do povo, a influência da religião e os conflitos sociais que permeiam a vida no sertão. A descrição da figura do jagunço, um quase herói (depende do ponto de vista, né?), é uma das partes mais interessantes, já que eles são aqueles que defendem seus direitos à força, chegando a ser mais dramáticos do que uma novela da Globo. Sem contar que o autor desmistifica a ideia de que a população sertaneja é homogênea. Aqui, a gente percebe a diversidade, com diferentes grupos e suas tradições.
Ah, e na terceira parte, "A Luta", é onde tudo pega fogo, literalmente. Aqui, Euclides narra a famosa Guerra de Canudos, conflito que ocorreu na Bahia entre 1896 e 1897. Os habitantes de Canudos, liderados por Antonio Conselheiro, um figura que ronda entre o santo e o messias, se revoltaram contra o governo, que tratava o povo com o desprezo que a gente vê em algumas reuniões de condomínio. A luta é apresentada com uma intensidade dramática, onde o autor revela a brutalidade do conflito e retrata os soldados e as milícias como um bando de malucos armados, que poderiam muito bem estar em um filme de guerra.
E agora, se você não quer spoilers, melhor parar de ler! Porque vamos ao desfecho: a guerra termina com a destruição de Canudos e a morte de muitos sertanejos e soldados. Euclides faz um trabalho impressionante ao humanizar todos os lados da história, mostrando que por trás da guerra existem vidas, sofrimentos e esperanças.
"Os Sertões" é, portanto, uma obra monumental que não apenas narra um evento histórico específico, mas que também nos oferece uma reflexão sobre a identidade nacional brasileira. É uma leitura essencial para quem quer entender como a aridez do sertão não é apenas física, mas também social e cultural. Então prepare-se para mergulhar na prosa ardente de Euclides da Cunha, porque essa viagem ao sertão é mais quente do que um dia de verão no Rio de Janeiro!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.