Capitalismo e saúde no Brasil nos anos 90
As propostas do Banco Mundial e o desmonte do SUS
Maria Lucia Frizon Rizzotto
RESENHA

Capitalismo e saúde no Brasil nos anos 90: As propostas do Banco Mundial e o desmonte do SUS não é apenas uma leitura; é um convite a um mergulho profundo nas entranhas de uma transformação crucial no sistema de saúde brasileiro. A obra de Maria Lucia Frizon Rizzotto se ergue como uma análise poderosa e necessária sobre um período conturbado, onde o ideal de uma saúde pública universal foi ameaçado por pressões externas e reformas que pretenderam adaptar o Sistema Único de Saúde (SUS) às diretrizes de um capitalismo selvagem.
Nos anos 90, o Brasil enfrentou um tsunami de mudanças sociais e econômicas. A influência do Banco Mundial penetrou em diversas áreas, propondo reformas que miravam na eficiência e na redução de custos, mas que, ao mesmo tempo, feriram a essência da solidariedade e do acesso justo à saúde. Rizzotto, com maestria, decifra como essas propostas distorceram a visão inicial do SUS, um sistema que nasceu da luta por direitos e que prometia à população uma saúde integral e igualitária. Suas palavras nos obrigam a refletir: até que ponto estamos dispostos a sacrificar valores humanitários em nome de estratégias de mercado?
Viver a realidade descrita por Rizzotto é vivenciar um dilema moral. A cada página, a brutalidade do desmonte do SUS se revela, e você sente a indignação borbulhar em seu peito. O que poderia ter sido um legado transformador se tornou um campo de batalha onde a saúde tornou-se mercadoria, sujeita às leis do lucro e da concorrência. As críticas se acumulam, e você se vê parte de uma luta que não é apenas histórica, mas profundamente atual. Afinal, a discussão sobre saúde pública e privada transcende décadas; é um eco que ainda ressoa nas políticas contemporâneas.
As opiniões dos leitores sobre a obra são intensas e muitas vezes polarizadas. Alguns a elevam como uma leitura obrigatória para quem deseja compreender os dilemas do sistema brasileiro, enquanto outros criticam sua abordagem, alegando que carece de soluções práticas. Porém, uma coisa é certa: ninguém sai ileso de suas páginas. Rizzotto não oferece conforto, mas provocações inquietantes que nos deixam sem respostas fáceis.
Logo, Capitalismo e saúde no Brasil nos anos 90 não é apenas um relato. É uma chamada à ação. Uma convocação para que nós, cidadãos desse Brasil, nos tornemos guardiões do que foi arduamente conquistado. Ao finalizar a leitura, restará a pergunta: estamos dispostos a rever nossas crenças e lutar pelo que realmente importa? A sua saúde, a saúde de todos, depende disso. Não se iluda; você não pode ignorar esta obra sem perder uma chance de compreender um dos aspectos mais vitais da nossa sociedade.
📖 Capitalismo e saúde no Brasil nos anos 90: As propostas do Banco Mundial e o desmonte do SUS
✍ by Maria Lucia Frizon Rizzotto
🧾 250 páginas
2011
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