Direito e Filosofia
A (ir)responsabilidade judicial na hermenêutica heideggeriana
Suelen da Silva Webber
RESENHA

Na interseção fascinante entre o Direito e a Filosofia, Direito e Filosofia: A (ir)responsabilidade judicial na hermenêutica heideggeriana, de Suelen da Silva Webber, não é apenas uma leitura; é uma jornada intensa de reflexão que pode mudar a forma como você vê a atuação judicial. Com uma profundidade assustadora, a autora nos provoca a questionar: será que os juízes realmente são os guardiões da justiça, ou estaria a própria essência do julgador envolta em uma cortina de (ir)responsabilidade?
É um tema inquietante, especialmente ao considerar que a responsabilidade judicial deve ser um pilar inabalável em qualquer sistema de justiça. Contudo, a leitura de Webber revela uma teia intrincada, onde o pensamento heideggeriano é o protagonista que ilumina os cantos onde muitos preferem não olhar. Heidegger, com sua filosofia existencial, se entrelaça com os dilemas do Direito, gerando um embate que ressoa em nossas consciências - é a busca incessante pelo sentido, pela verdade, pelos valores que muitas vezes parecem perdidos em uma sociedade saturada de incertezas.
Opinando fortemente sobre a falta de respostas concretas que frequentemente permeiam as decisões judiciais, Webber leva o leitor a refletir sobre a autonomia do magistrado e suas implicações éticas. Leitores têm destacado uma sensação de urgência ao se deparar com a crítica ácida da autora, instigando a necessidade de repensar o papel dos juízes em uma sociedade que vive um estado crítico, onde a justiça pode parecer uma mercadoria escassa.
As opiniões sobre a obra são polarizadas. Há quem a considere um tratado revelador, capaz de desafiar dogmas que há muito dominam o campo jurídico. Outros, porém, apontam que a complexidade da escrita pode desviar o foco da questão central. Mas, independentemente das críticas, Direito e Filosofia é uma obra que não se esquiva de abordar a responsabilidade como um conceito fluido, amparado por análises profundas das consequências filosóficas que cada decisão judicial pode carregar.
A autora, com seu conhecimento vasto e apaixonado, aplica conceitos heideggerianos à prática judiciária, tornando a obra uma leitura obrigatória para aqueles que desejam compreender não apenas a letra da lei, mas também sua alma e as implicações que esta carrega. As passagens que discorrem sobre o significado de "julgamento" revelam um universo de nuances que nos faz sentir a responsabilidade pulsar em cada página.
Adentrar nesta obra é um convite ao despertar da consciência. É descer ao âmago do que é ser juiz em uma época de grande crise de valores. É, portanto, uma experiência que vai além do acadêmico; é um chamado à ação para a construção de um Direito mais ético e responsável. Se você valoriza um debate profundo e transformador, não se permita deixar este conhecimento escapar. ✨️
📖 Direito e Filosofia: A (ir)responsabilidade judicial na hermenêutica heideggeriana
✍ by Suelen da Silva Webber
🧾 96 páginas
2017
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