EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO, V.5
A PRISIONEIRA Nova edição, revista e acrescida de prefácio, resumo, notas e posfácio
Marcel Proust
RESENHA

Em Busca do Tempo Perdido não é apenas um livro; é um convite a uma viagem introspectiva que transcende a própria literatura. Ao mergulhar nas páginas de A Prisioneira, quinto volume dessa monumental obra de Marcel Proust, você se vê envolvido em uma narrativa que não somente narra, mas também provoca um verdadeiro espetáculo emocional. A cada palavra, o tempo vibra de uma maneira única, revelando as complexidades do desejo, da memória e da passagem inexorável da vida.
O universo proustiano é um labirinto repleto de nuances, onde cada personagem é um reflexo do próprio autor e, em última instância, de nós mesmos. O conflito central entre a busca pelo amor e a inevitável dor que ele traz é retratado com uma profundidade poética que faz o seu coração pulsar com intensidade. A relação entre Marcel e Albertine é um dilema que nos força a questionar: até onde vai a posse no amor? Proust, com sua prosa lírica e incisiva, explode essas dúvidas, levando o leitor a um estado quase de transe, resultando em reflexões que podem mudar suas percepções sobre afeto e liberdade.
Este volume se destaca não apenas por seu conteúdo, mas também pelo contexto histórico em que foi escrito. Publicado em 1923, em meio às turbulências da Primeira Guerra Mundial, A Prisioneira evoca os ecos de um mundo em transformação e a fragilidade das relações humanas. Essa atmosfera se reflete na própria estrutura da obra, onde a introspecção se torna um escudo contra a realidade externa. O leitor é chamado a sentir a angustiante tensão entre o desejo e a perda, como um amante que se vê preso entre a paixão e a angústia da separação.
As opiniões sobre esta obra-prima são tão variadas quanto suas camadas. Críticos aclamam Proust pela habilidade de transformar cada frase em uma obra de arte, enquanto outros não conseguem suportar a extensão de seus parágrafos e sua abordagem às vezes excessivamente detalhista. Para muitos, essa é a beleza de seu estilo - um hipnotismo literário que convida à contemplação. No entanto, não escapam à crítica aqueles que se sentem perdidos em tanta metáfora e reflexões intermináveis.
É aqui que reside o poder transformador de A Prisioneira. Ao se deparar com os meandros da mente de Proust, você é desafiado a confrontar suas próprias verdades. Esse é o verdadeiro encanto da obra: a ousadia de fazer você sentir, questionar e, possivelmente, mudar a sua própria narrativa. Não é apenas o tempo que está em jogo, mas a profundidade da experiência humana.
Os ecos de Proust ressoam através dos séculos, influenciando escritores e pensadores que vieram depois dele - de Virginia Woolf a James Joyce, a sombra de sua prosa se estende, lembrando-nos da complexidade da vida e da arte de narrar. Se você já se sentiu iludido pela passagem do tempo ou consumido por memórias que não pode esquecer, então este volume é uma chave que abre portas que você nem sabia que existiam.
Ao final da leitura, a pergunta que ficará em sua mente será: o que você faria se pudesse revisitar os ecos de um amor perdido? Em A Prisioneira, Proust não oferece respostas prontas, mas proporciona um espaço para que você mesmo descubra os segredos que o tempo guarda. Uma verdadeira imersão na alma humana. 🌌
📖 EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO, V.5: A PRISIONEIRA: Nova edição, revista e acrescida de prefácio, resumo, notas e posfácio
✍ by Marcel Proust
🧾 530 páginas
2012
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