Esqueci Como Se Chama
Dhaniil Kharms; Gonçalo Viana
RESENHA

Esqueci Como Se Chama é um convite ao labirinto da mente, uma dança entre o fantástico e o absurdo, onde cada esquina pode ser uma revelação ou uma impossibilidade. Escrito por Dhaniil Kharms, um mestre do surrealismo russo, e traduzido com maestria por Gonçalo Viana, este livro não é uma simples leitura; é uma experiência que provoca risos nervosos e reflexões profundas em igual medida.
Kharms, um ícone do movimento OBERIU na Rússia, viveu em uma época de intensas convulsões sociais e políticas. Seus escritos, frequentemente considerados estranhos e excêntricos, hoje reverberam como eco de uma mente que se recusava a conformar-se às narrativas dominantes. A obra, que é um apanhado de contos curtos e crônicas, desafia qualquer tentativa de catalogação. Estamos diante de uma coleção de fragmentos que questionam a lógica do cotidiano e exploram a essência da existência.
Os leitores se deparam com comportamentos peculiares, personagens intrigantes e uma narrativa que desvia da linearidade, deixando um gostinho agridoce na boca. Através de suas palavras, Kharms revela um mundo em que o ridículo e o sublime coexistem, levando você a repensar não apenas a literatura, mas a própria vida. Cada página é um convite a rir de si mesmo, a se perder e, estranhamente, a encontrar novos significados a cada leitura.
As opiniões sobre Esqueci Como Se Chama não são unânimes. Alguns leitores se sentem seduzidos pela ousadia do autor e pela forma como ele brinca com a estrutura da narrativa. Outros, no entanto, sentem-se frustrados, incapazes de captar o que parece, à primeira vista, ser um emaranhado de pensamentos desconexos. Essa polarização é, em si, um testemunho do poder da obra. Kharms não oferece respostas fáceis; ao contrário, ele provoca uma análise profunda e multifacetada do ser humano.
Além disso, o impacto de sua escrita ultrapassa gerações. Autores contemporâneos e críticos têm se inspirado em sua abordagem única, e isso torna Esqueci Como Se Chama uma joia literária que precisa ser saboreada. Seus ecos podem ser sentidos em tudo, desde a literatura pós-moderna até o cinema surrealista, revelando as múltiplas camadas de influência que essa obra exerce sobre a cultura.
O que você espera ao abrir as páginas deste livro? É um mergulho em um mundo de absurdos que, à primeira vista, parece irrelevante, mas que, ao final, se transforma em um espelho de nossas próprias lutas, medos e desejos. Esqueci Como Se Chama é a oportunidade que você esperava para confrontar suas próprias certezas e, quem sabe, esquecer um pouco da lógica que tanto nos aprisiona. O desfecho? Ah, isso você terá que descobrir por si mesmo. Não há como escapar da incerteza, mas você pode, ao menos, rir dela.
📖 Esqueci Como Se Chama
✍ by Dhaniil Kharms; Gonçalo Viana
🧾 48 páginas
2015
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