Hélio oiticica
Qual é o parangolé?
Waly Salomão
RESENHA

Hélio Oiticica: qual é o parangolé? não é apenas uma obra que busca decifrar a genialidade de um dos maiores ícones da arte contemporânea brasileira; é um verdadeiro convite à reflexão, um chamado às fibras mais profundas da sua alma. Neste livro, Waly Salomão não se limita a descrever a vida e a obra de Oiticica. Ele nos arrasta para um mergulho intenso na prática artística que transforma o cotidiano em poesia e os objetos em experiências sensoriais.
O parangolé, essa invenção única de Hélio Oiticica, vai muito além de um simples artifício estético. Trata-se de uma explosão de cores, formas e movimento que quebra as barreiras entre artista e espectador, entre arte e vida. É como se, ao envolver uma pessoa com um parangolé, Oiticica a fizesse dançar ao ritmo vibrante da cultura brasileira, especialmente daquelas vozes e sons que ecoaram nas favelas do Rio de Janeiro. Salomão habilmente articula esse conceito, tecendo uma rede de significados que toca o emocional e o intelectual.
A obra não se limita a uma biografia convencional; ela é uma ode à liberdade de expressão, um manifesto sobre como a arte pode ser um meio de resistência e transformação. Salomão evoca lembranças da Tropicália, do movimento contracultural que, nos anos 60 e 70, pulsava na alma do Brasil como uma resposta à opressão política. Esse contexto se entrelaça com a trajetória de Oiticica, que foi um dos principais protagonistas desse cenário vibrante e revolucionário.
Os comentários dos leitores revelam a força catártica do livro. Muitos foram seduzidos por essa linguagem envolvente e poética que Salomão emprega. No entanto, não faltam vozes críticas. Alguns afirmam que a escrita pode, por vezes, escorregar para a abstração excessiva, dificultando a plena compreensão das ideias propostas. Mas é exatamente aí que reside a beleza da obra: ela provoca, inquieta e, acima de tudo, instiga a buscar mais, a querer saber mais sobre Oiticica e suas influências.
Waly Salomão, também poeta e artista, traz sua própria experiência e paixão pela arte ao longo das páginas. Sua busca por um entendimento do que é genuinamente brasileiro se traduz em um texto cheio de fervor e emoção. O leitor é confrontado com a pergunta que dá nome à obra: "Qual é o parangolé?" A resposta se revela como um fio de Ariadne, guiando-o por um labirinto de significados até então inexplorados.
Ao finalizar sua leitura, você poderá sentir um impulso quase irresistível de se envolver com a arte de Oiticica e de explorar como ela reverbera em sua vida. O convite de Salomão é claro: viva a arte, dance com ela, sinta a liberdade que o parangolé traz. Não se contente em ser um observador passivo; torne-se parte desse movimento efervescente que desafia as convenções e redefine o que é ser humano.
Em suma, Hélio Oiticica: qual é o parangolé? é aquele tipo de obra que você lê e imediatamente sente a necessidade de compartilhar. É o combustível perfeito para acender a chama da curiosidade e do desejo de entender não apenas a arte, mas também a vida em sua plenitude. Não deixe essa oportunidade escapar; mergulhe nesse universo e descubra o que significa, de fato, ser livre e criativo. 🌟
📖 Hélio oiticica: qual é o parangolé?
✍ by Waly Salomão
🧾 160 páginas
2015
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