Jamais fomos modernos
Ensaio de antropologia simétrica
Bruno Latour
RESENHA

Jamais fomos modernos: Ensaio de antropologia simétrica, de Bruno Latour, é um daqueles livros que te pega pela garganta e não solta: uma análise corajosa sobre a modernidade, ou melhor, sobre a ilusão que temos dela. Latour nos arrasta para uma reflexão profunda sobre como a separação entre natureza e cultura, ciência e sociedade, é uma construção que não se sustenta na prática. A obra não é apenas uma leitura; é um chamado à ação, um desafio à percepção que temos do mundo.
Ao longo das páginas, temos um convite ao abismo de nossas certezas. Latour, com sua prosa incisiva, expõe como a antropologia simétrica nos força a repensar os papéis que atribuímos aos humanos e não humanos. O autor nos provoca: ser moderno não é simplesmente um estado de ser, mas uma construção repleta de desilusões e contradições. "Jamais fomos modernos" porque a ideia de uma separação rígida entre o humano e o não humano é uma fantasia que precisamos desconstruir.
Os leitores identificaram nessa obra uma visão instigante sobre a ciência e a tecnologia, destacando o quanto nossas experiências têm sido alimentadas por narrativas que ignoram as interconexões que sustentam a vida. Há quem critique Latour, argumentando que suas reflexões podem soar excessivamente idealistas, mas a verdade é que sua contribuição é provocativa e vital em tempos nos quais a crença na ciência como um pilar isolado parece estar se desfazendo diante do ceticismo crescente.
Latour, um dos principais teóricos da ciência contemporânea, traz à luz uma crítica necessária ao mundo moderno, repleto de complexidades. Seu histórico, como um imortal pensador da sociologia e política, confere à obra um peso que ecoa em debates acadêmicos e populares. Ao desconstruir a modernidade, ele revela à sociedade contemporânea sua própria fragilidade e interdependência.
A ressonância de suas ideias ultrapassa fronteiras, ecoando em movimentos sociais e debates sobre sustentabilidade, ciência e cidadania. O impacto gerado por Jamais fomos modernos é palpável. Grupos e pensadores ao redor do mundo têm utilizado suas noções para discutir novos paradigmas, necessidades prementes e as interações tão vitais entre ser humano e meio ambiente.
Os comentários dos leitores refletem essa voracidade. Muitos afirmam que, após a leitura, receberam um choque de realidade que os fez enxergar suas práticas cotidianas sob uma nova luz. Outros, por sua vez, percebem que esta obra é um bálsamo em tempos de polarização, uma reinterpretação que nos une na busca de um entendimento mais amplo e mais humano.
Não se trata de uma leitura fácil; é uma montanha-russa de ideias que desafia as convenções. Mas, nesse labirinto de reflexões, o que se encontra é um chamado à solidariedade e à responsabilidade, não só como indivíduos, mas como integrantes de um todo que precisa ser compreendido em sua totalidade. O mundo pode ser caótico, mas é na agitação dessa complexidade que a verdadeira modernidade pode surgir.
Diante disso, ao acabar a leitura, você não será o mesmo. Jamais fomos modernos não é apenas um texto, é uma porta de entrada para uma nova visão de mundo, onde tudo está interligado. E se você ainda não se permitiu essa experiência, é hora de mergulhar e se deixar experimentar a revolução das ideias que Bruno Latour nos oferece. Não fique à margem dessa discussão crucial.
📖 Jamais fomos modernos: Ensaio de antropologia simétrica
✍ by Bruno Latour
🧾 192 páginas
2019
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