Leviatã, ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil
Thomas Hobbes
RESENHA

Leviatã, ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil não é apenas uma leitura, mas um verdadeiro mergulho nas profundezas da filosofia política que moldou o nosso entendimento sobre a sociedade moderna. O autor, Thomas Hobbes, surgido no turbulento cenário do século XVII, tece uma obra que ensina mais do que informações; ela provoca, instiga e, principalmente, desafia a sua visão de mundo.
Hobbes nos apresenta a ideia de um contrato social fundamental, onde o medo e a insegurança do ser humano no estado de natureza exigem uma solução poderosa. A figura do Leviatã, que representa um estado absoluto e controlador, desafia você a refletir sobre a fragilidade da liberdade em nome da segurança. O dilema é poderoso: até onde você estaria disposto a abrir mão de seus direitos individuais em troca de estabilidade? Essa questão, vibrante e contemporânea, não é só uma reflexão histórica, mas um eco das nossas próprias inseguranças na sociedade atual.
No centro desse debate, Hobbes não se limita a meras abstrações filosóficas; ele provoca um terremoto emocional na maneira como você vê a autoridade e o poder. Se em suas mãos estiver a capacidade de transformar a sociedade por meio de um governo forte, você se sente seguro ou aprisionado? Essa tensão entre controle e liberdade é uma linha tênue que muitos sentem no presente, especialmente em tempos de crise política e social.
A recepção de Leviatã ao longo dos séculos não foi isenta de polêmicas. Críticos e defensores duelam sobre a eficácia da proposta de Hobbes, e as opiniões divergentes revelam uma obra que continua a ser um campo de batalha intelectual. Para alguns, a visão de um estado autoritário é uma necessidade para garantir a paz; para outros, uma receita para a tirania. Os leitores frequentemente expressam sentimentos mistos, oscilando entre a admiração pela lucidez das ideias de Hobbes e o temor pelo que essas ideias poderiam significar em um contexto moderno.
Ainda mais interessante é perceber como outros pensadores, como Rousseau e Locke, foram influenciados ou reagiram ao pensamento hobbesiano. A arquitetura do Estado moderno, que se ergue sobre pilares de neoliberalismo e até mesmo do socialismo, deve muito a esses debates, o que leva você a questionar: a quem serve realmente a estrutura de poder que aceitamos hoje?
A vida de Hobbes, marcada por guerras civis e turbulências culturais, reflete a urgência de suas afirmações. O autor, que presenciou a degradação da ordem social, não poderia simplesmente fechar os olhos para a brutalidade da natureza humana. Seu trabalho é uma iluminação que revela que, na busca de uma sociedade mais justa, o léxico do esgoto da política muitas vezes se mistura ao bagageiro do idealismo.
Em um mundo em constante conundro e incerteza, Leviatã se torna quase um guia sombrio, oferecendo mais que uma análise; é um alerta. Ao despertar sua curiosidade para o tumulto interno que cada um de nós carrega, ele convida você a revisitar suas próprias crenças sobre autoridade, liberdade e responsabilidade social. E isso, meu amigo, não é algo que você pode ou deve ignorar. A leitura de Hobbes pode ser o ponto de virada da sua perspectiva!
Se a reflexão não bastar, deixo você com a provocação final: até que ponto você se considera parte do leito do Leviatã ou do seu próprio mergulho nas profundezas da natureza humana? Esse convite à introspecção e à análise crítica da realidade é o que torna a obra de Hobbes não só importante, mas essencial para os pensadores contemporâneos que buscam entender seu lugar no mundo. A escolha está em suas mãos... e você não pode deixar de refletir sobre ela.
📖 Leviatã, ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil
✍ by Thomas Hobbes
🧾 544 páginas
2014
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