Moll Flanders
Daniel Defoe; Ana Carolina V. Rodriguez
RESENHA

Moll Flanders, uma obra magistral de Daniel Defoe, nos transporta para o século XVIII, onde a luta pela sobrevivência, a busca por identidade e os limites da moralidade se entrelaçam em uma narrativa visceral e arrebatadora. Em apenas 32 páginas, este livro precisa ser lido com a alma e a mente abertas, pois é uma reflexão profunda sobre as nuances da condição humana, a ambição e a resiliência.
A protagonista, Moll, é uma mulher que desafia as convenções da sua época. Desde os seus primeiros passos na vida, sua jornada é marcada por um desejo quase insaciável de escapar da pobreza e do desprezo social. Mas como ela consegue isso? Através de artimanhas, casamentos arranjados e uma audácia que beira a insensatez. Aqui, Defoe não apenas narra uma história, mas provoca uma reflexão sobre as escolhas que fazemos e o preço que pagamos por elas. É impossível não se sentir envolvido pela empatia ao acompanhar Moll em suas aventuras, que vão das más escolhas às estratégias brilhantes para sobreviver em um mundo que a marginaliza.
Em um mundo onde as mulheres eram frequentemente reduzidas a meras propriedades, Moll Flanders se destaca como um símbolo de resistência. As críticas que a obra recebeu frequentemente giram em torno da moralidade dos atos de Moll, desafiando o leitor a questionar: até onde você iria para garantir sua própria sobrevivência? Essa provocação é intensificada por comentários de leitores que sublinham a complexidade moral da protagonista. Para alguns, ela é uma vilã; para outros, uma heroína não convencional. Essa ambiguidade é o que torna a leitura tão viciante e instigante!
A narrativa de Defoe não se trata apenas de um conto de fadas distorcido. É um mergulho em um contexto histórico onde as expectativas sociais eram sufocantes e a pobreza, implacável. O autor, um pioneiro do romance inglês, utiliza sua escrita para expor as facetas mais sombrias da sociedade, fazendo com que o leitor se depare com a realidade cruel da sobrevivência das mulheres na época. Como espectadores dessa dança trágica, somos levados a questionar nossas próprias realidades, a refletir sobre as limitações que ainda encontramos e como a luta por dignidade continua.
As reações dos leitores são um campo fértil para a análise crítica. Muitos trazem à tona a ideia de que Moll, com toda sua sagacidade e audácia, representa as mulheres que ainda hoje lutam contra as amarras da sociedade. Outros criticam a ambiguidade de seu caráter, alegando que suas ações podem ser interpretadas como traições ao próprio gênero. Seja qual for a sua conclusão, a verdade é que a força de Moll Flanders ressoa profundamente em nossos dias, fazendo-nos perceber que a luta pela autonomia e força é atemporal.
Ao final, Moll Flanders não é apenas um convite à reflexão; é um chamado à ação. Ao ler sobre essa mulher extraordinária, você é instigado a se questionar, a se inspirar nas desventuras e conquistas de Moll e, eventualmente, a reexaminar suas próprias trilhas na vida. Embarque nessa jornada envolvente e descubra que a verdadeira liberdade muitas vezes se encontra nas escolhas mais difíceis que fazemos. Porque, no fundo, todos nós somos um pouco Moll. ✨️
📖 Moll Flanders
✍ by Daniel Defoe; Ana Carolina V. Rodriguez
🧾 32 páginas
2010
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