O Seminário, livro 20
Mais, ainda
Jacques Lacan
RESENHA

Lacan é uma provocação eterna, é um tsunami que golpeia as certezas mais íntimas da nossa psique. Em "O Seminário, livro 20: Mais, ainda", ele nos entrega uma obra que vai além do que se possa esperar ao explorarmos a infinidade da experiência humana. 🎭
Em pleno auge dos anos 80, quando o capitalismo consumia o mundo e a psicanálise jungia avanços e retrocessos, Lacan nos brinda com uma performance textual que mescla a densidade teórica à inquietude poética de sua verve. Há algo quase cinematográfico na leitura de suas palavras: Nitidez e ambiguidade transpassam cada página, levando-nos por um labirinto de significados onde a clareza é suprimida pelo desejo de compreender.
Revisitando seu conceito magnífico do "gozo", Lacan reexamina a função do "Mais, ainda" - aquela experiência que vai além do prazer e roça o campo da dor sublime. Em um mundo atolado por instantâneo contentamento superficial, ele explode as muralhas da autoconsciência como um artista-revolucionário, plantando a crítica viva da cultura contemporânea.
E é aqui, nas ruínas das palavras, nas rachaduras dos sofismas que as ideias aflorem, que a influência de Lacan reverbera na obra de ícones como Slavoj Zizek e Judith Butler. Seus seguidores não apenas leram, absorveram e disseminaram o lacanianismo com a mesma fervorosa lealdade de bispos e hereges. Houve um rompimento - uma libertação de pressupostos falsos, uma insurreição sem precedentes no seio da filosofia ocidental.
A estrutura do seminário desfere um soco velado na frágil paz interior, incitando no leitor a quimera do autoconhecimento. Viajei por fóruns e discussões acadêmicas longinquamente, e os relatos fervorosos que obtive são nada menos que divergentes e inflamadores.
"Essencista e indecifrável!" - alguns dizem. "Revelador e transformador!" - gritam outros como uma horda iluminada. Não há meio-termo nessa dicotomia insana.
Para muitos, encarar Lacan é um batismo de fogo. O desabafo não será simples, a fuga é improvável. Esta não é apenas uma leitura; é uma jornada ao âmago do seu próprio ser 🌌.
Neste período marcado pela Guerra Fria, onde as ideológicas colidiam com tanta virulência, Lacan surge como um farol falante, tornando-se um epítome da resistência intelectual e moldando gerações de pensadores a desafiar fronteiras cognitivo-emocionais. Desde os corredores cinzentos da antiga União Soviética até os exuberantes campos universitários dos Estados Unidos, a sombra do "Mais, ainda" instigou cérebros a correr riscos filosóficos.
A partir desta formidable criação, pode-se ouvir um réquiem brando e um apogeu ensurdecedor, dependendo apenas da capacidade pessoal de decifrar suas metáforas e sofisticações rebeldes. Tens coragem para entrar neste poço de sabedoria, incógnitas e autodevoração abalizador? 💥
Medo, fascínio, euforia - as breves 160 páginas de puro cataclismo psicológico esperam sua mente faminta. Como todos os destinos inesquecíveis, "O Seminário, livro 20: Mais, ainda" não se rotula apenas uma obra; é uma revelação impetuosa, e se duvida, é só pegar e deixar suas garantias pelo caminho... 😊
📖 O Seminário, livro 20: Mais, ainda
✍ by Jacques Lacan
🧾 160 páginas
1985
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