Solilóquio, ou conselho a um autor
Shaftesbury (Anthony Ashley Cooper)
RESENHA

Se você já se sentiu perdido em meio a rascunhos intermináveis, lutando para encontrar a voz que ecoa dentro de você, Solilóquio, ou conselho a um autor de Shaftesbury pode ser a bússola que você tanto busca. Neste ensaio fascinante, a palavra se transforma em um verdadeiro diálogo íntimo entre o autor e o leitor, como se cada página fosse uma conversa sussurrada ao seu ouvido, revelando segredos que levam ao âmago da criatividade.
Anthony Ashley Cooper, o conde de Shaftesbury, não é apenas um filósofo; ele é um iluminador. Escrito num período de efervescência cultural e intelectual, nas primeiras décadas do século XVIII, este trabalho desafia a rigidez das convenções literárias da época. Com um estilo envolvente, Shaftesbury convida cada autor a refletir sobre seu papel, sua responsabilidade e, mais importante, como a sinceridade pode moldar sua obra. Não é apenas uma leitura. É um convite a mergulhar nas profundezas da própria essência.
Os ecos de suas palavras reverberam em muitos escritores que vieram depois, como Wordsworth e Coleridge, que também buscavam um retorno à natureza genuína da expressão. Shaftesbury critica a superficialidade e a mera busca por fama; ele clama por uma autenticidade que transcende o tempo. Essa busca é uma questão de sobrevivência artística, um grito que hoje pode soar como um alerta para todos nós em meio a um mundo saturado de conteúdo rasurado.
Os leitores não têm poupado elogios a este tratado. Muitos descrevem como uma experiência catártica, uma libertação da pressão que a sociedade contemporânea impõe sobre os criadores. Outros, no entanto, argumentam que sua prosa pode ser excessivamente densa e filosófica, exigindo uma reflexão profunda que pode afastar alguns. Mas são esses os desafios que tornam a obra ainda mais rica e valiosa. Cada crítica é um convite para se aprofundar ainda mais no universo de Shaftesbury, desafiando você a não apenas ler, mas a verdadeiramente viver suas palavras.
E se você se perguntar: onde está o nosso papel nesse cenário? Shaftesbury não apenas tece uma crítica à forma, mas também deixa um legado. Seus conselhos ecoam em um mundo cada vez mais apressado, onde a autenticidade é frequentemente sacrificada em nome da popularidade. Ele nos provoca a pensar: quem somos ao escrever? Que tipo de legado deixaremos?
À medida que você avança nas páginas de Solilóquio, sente-se como um explorador dentro de uma caverna de tesouros, cada parágrafo revelando joias escondidas de sabedoria. O autor não apenas fala ao coração do escritor, mas também à essência do ser humano. As reflexões de Shaftesbury são um chamado à solidariedade e à fraternidade, trazendo à tona questões universais que ressoam em qualquer época.
Agora, imagine-se absorvendo esse conhecimento, essa provocação, e saindo dele não apenas como um melhor autor, mas como um ser humano mais consciente. O que você vai fazer com essa chama? Essa é a pergunta que Solilóquio, ou conselho a um autor deixa em seu rastro.
Esta não é uma simples leitura; é um chamado à ação, uma obra que ecoa em cada um de nós, instigando reflexões profundas. Se você ainda não a mergulhou, fique atento. O que você pode perder é mais do que apenas uma leitura - é um convite para transformar sua visão sobre a criação. E quem se atrever a ignorá-la, é melhor preparar-se para viver com o peso da dúvida.
📖 Solilóquio, ou conselho a um autor
✍ by Shaftesbury (Anthony Ashley Cooper)
🧾 156 páginas
2018
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