Tudo (e mais um pouco)
Poesia reunida (1971-2016)
Chacal
RESENHA

Tudo (e mais um pouco): Poesia reunida (1971-2016) é muito mais que uma simples coletânea de versos; é um grito visceral que ecoa a trajetória de um dos mais audaciosos poetas contemporâneos do Brasil: Chacal. Cada poema aqui não é apenas uma construção de palavras, mas sim um convite a dançar nas sombras da alma, nos recantos mais obscuros e luminosos da existência. Ao folhear suas páginas, você mergulha em um universo onde a fragilidade humana se entrelaça com a força da rebeldia.
Nos anos de sua produção, Chacal não apenas capturou a efervescência de um Brasil em transformação, mas transmutou essa realidade em versos que pulsavam como corações vivos. Publicado em 2015, essa obra reúne a essência de mais de quatro décadas de uma escrita que, como uma avalanche, derruba certezas e constrói novas paisagens emocionais. Entre a melancolia e a celebração, suas palavras te levam a refletir sobre a vida, a arte e a luta incessante contra o banal.
Os leitores frequentemente se dividem em reações apaixonadas e fervorosas. Enquanto alguns exaltam a profundidade e a musicalidade das linhas de Chacal, outros se vêem perdidos em meio à complexidade que suas metáforas implicam. Um crítico, em sua resenha, chegou a afirmar que "a obra é um labirinto onde cada poema é uma porta para novas realidades". Essa visão, no entanto, polariza opiniões: há quem acredite que a densidade da escrita torna-se um entrave para aqueles que buscam uma leitura mais leve.
Entre os trechos mais impactantes, Chacal revela uma realidade crua, quase dolorosa. Suas palavras não têm medo de ferir; são facas afiadas que cortam as ilusões da sociedade, desnudando os problemas e as belezas da vida. E aí, caro leitor, está o grande desafio e, ao mesmo tempo, o encanto da poesia: encontrar, entre a dor e a beleza, o fio condutor que nos une. Há uma sensação de urgência em suas letras, que parece ecoar a luta de uma geração que busca voz em meio ao caos.
Chacal, com seu estilo inconfundível, dialoga não só com a sua época, mas também com influências que vão de Allen Ginsberg a Adélia Prado, e transforma essa conversa em um espaço de libertação. Você percebe que, apesar de suas angústias, há sempre um fio de esperança, uma possibilidade de se reinventar. Isso mesmo! Em "Tudo (e mais um pouco)", Chacal ensina a navegar pelas águas turbulentas da vida, com a certeza de que a poesia pode ser um abrigo seguro.
Não há como ignorar a relevância dessa obra em um momento onde tantas vozes ainda buscam se fazer ouvir. A poesia de Chacal nos instiga a não apenas ler, mas também a refletir sobre o que é ser humano em tempos de incerteza. Ao se deparar com essa coletânea, você não apenas lê; você sente, você vivencia. É quase uma experiência religiosa.
Agora, imagine-se deixando a rotina de lado e mergulhando nas palavras de um poeta que se recusa a se calar. Que tal sentir essa revolução dentro de você? Não se deixe levar pela superficialidade do cotidiano. Explore os labirintos dos sentimentos e descubra como a poesia pode transformar a sua visão de mundo. Embarque nessa jornada e permita-se ser tocado por cada verso, porque Tudo (e mais um pouco) pode ser, sem dúvida, um divisor de águas na sua vida. 🌊✨️
📖 Tudo (e mais um pouco): Poesia reunida (1971-2016)
✍ by Chacal
🧾 408 páginas
2015
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