Zumbi, assombra quem?

Allan da Rosa

RESENHA

Zumbi, assombra quem? é uma obra que não se limita a ser apenas um livro; é uma viagem cravada na alma do Brasil. Ao folhear suas páginas, você se depara com uma junção única de história, folclore e crítica social, tudo sob a lente provocadora de Allan da Rosa. Aqui, o mito do zumbi não aparece apenas como uma figura da cultura popular; ele se torna um símbolo poderoso de resistência e identidade.

Em cada página, você sente a batida dos tambores e a pulsação de uma nação que, apesar das adversidades, não se rende. A escrita de Allan é afiada como uma lâmina, e ele não hesita em desenterrar verdades incômodas sobre o passado e presente do Brasil. O zumbi, personagem central, transcende a simples lenda; ele é a representação de todos que foram silenciados, todos que ainda lutam contra as correntes do preconceito e da desigualdade.

Os leitores se deparam com uma narrativa que provoca gritos de indignação e sussurros de sabedoria. As opiniões são polarizadas: muitos se maravilham com a profundidade da análise social, enquanto outros se sentem desconfortáveis ao encarar a crua realidade que a obra expõe. A interpretação de Allan da Rosa provoca um choque nas consciências, um incômodo necessário que nos força a confrontar a herança cultural e social que carregamos. ☠️

Aliado a isso, o autor insere elementos de crítica à forma como a história é contada e, por sua vez, como somos moldados por ela. Sua linguagem, direta e impactante, é capaz de provocar risadas e lágrimas, levando o leitor a uma montanha-russa emocional. O zumbi, aqui, não assombra apenas os vivos, mas também a própria história que insistimos em ignorar. E, ao longo da leitura, a pergunta ecoa: quem realmente é o verdadeiro assombrador?

As vozes dos leitores vibram na esfera digital, onde o clamor por reconhecimento e reflexão reverbera. Muitos consideram a obra como um catalisador para dias de luta, uma chamada à ação que reverberará através das gerações. Outros, porém, criticam a abordagem direta e sem rodeios do autor, sentindo-se confrontados em suas zonas de conforto. Mas uma coisa é certa: Allan da Rosa não quer agradar a todos; ele quer provocar e instigar.

Na essência de Zumbi, assombra quem?, está a luta por um lugar que respeite as vozes silenciadas e a resistência pela identidade cultural. Ao final, você não poderá simplesmente fechar o livro; sentirá a urgência de discutir, de questionar, de transformar. Você se verá refletido na luta de Zumbi e perceberá que, de alguma forma, essa luta é também a sua. 🌍✨️